Arte contemporânea e os fazeres artísticos
Arte Contemporânea
O artista nunca
é mórbido. O artista pode exprimir tudo. (Oscar Wilde)
O campo das Artes
Visuais é vasto, sua temática abrangente, sua materialidade perpassa o efêmero,
seu objeto único multiplica-se. Uma discussão sobre o fazer artístico contemporâneo
insiste em entender o que seja a arte hoje, enquanto instituições e restauradores
se esforçam no
exercício da conservação e preservação dos novos acervos.
Figura 2. Obra de Arthur Barrios.
Beber da arte
contemporânea em seu processo de produção, repleto de informação e diversidade,
leva às discussões que percorrem ateliês, academias, grupos de estudo e
conversas na “cozinha do artista”. São artistas, curadores conservadores
estudantes, colecionadores e galeristas em busca de norte, onde algumas obras
atingem valores altíssimos, encontram compradores curiosos e espectadores cada
vez mais atentos.
Figura 3. Moda arte.
Termos como inovação,
sustentabilidade, hibridismo, efêmero se fazem presentes; assim, como, arte tecnológica,
digital, reprodutibilidade, multiplicidade, pertencimento, releitura,
apropriação, tirando o sossego até mesmo do objeto original, até então
consagrado.
Figura 4. Estudantes da Universidade do Contestado.
Assim, conhecer alguns
conceitos, sobre técnicas artísticas e reconhecer as próprias técnicas, desse
processo de feitura da arte, contribuem para o aprimoramento do olhar e
valoração do fazer artístico.
Figura 5. Rumos Itaú Cultural.
Na feitura da obra existe um processo
que compreende:
Da concepção mental da obra de arte
até a sua realização final (...) um laborioso trabalho de execução material (...)
quase sempre desconhecido do público e muitas vezes subestimado pelos próprios
iniciados nas artes. (BADEP, 1977).
A ideia de reprodução surge
como um viral e, todos, a um só tempo degustam a produção artístico-cultural sedentos
de mais e mais arte. Observam-se as filas diante dos museus e os museus se
edificando com maior intensidade pelos quatro cantos do planeta.
Figura 6. Obra Romero Brito.
No campo da gravura, no entanto, a reprodução, a
multiplicidade já estava presente sob o termo de edição ou tiragem, datada e
numerada, possibilitando ao artista assinar, apesar da multiplicidade da imagem,
enquanto peças originais.
Observemos o conceito:
Gravura – Gravar é traçar por incisão
formas e linhas na superfície de qualquer material. Sua execução divide-se em
três estágios: gravação da matriz, tintagem e impressão. É característica da
gravura o fato da matriz não ser um original fiel da obra acabada, pois o
processo de reprodução, além de produzir novos efeitos, inverte as imagens
gravadas sobre a matriz. (BADEP,
1977)
O processo
de produção de uma gravura encontra variedade de recursos e suportes para
elaboração de uma matriz, o que leva ao entendimento da variedade de técnicas
encontradas, tais como ponta seca, água forte, litogravura, xilogravura,
serigrafia entre outras. Mas, que dizer quando uma escultura é reproduzida? Ou,
então, uma obra de arte passa a estampar camisetas, roupas, almofadas? Como interpretar a arte contemporânea?
Figura 7. Obra Roy Lichtenstein
Figura 8.
Será essa a resposta, não importa o
que nem como, mas a arte tem que ser acessível. Aquele que não a produz deve
dela usufruir. Fruir.“A discussão saiu do museu e
academia. A discussão chegou às ruas.” (SANT´ANNA, 2002)
SANT´ANNA.A.R. - Desconstruir
Duchamp: arte na hora da revisão - Rio de Janeiro. Vieira&Lent, 2003.
FONDELLI.M. - Oscar Wilde
Aforismos – Paraná. Editora Posigraf.
BADEP 1977.
Acessado em 2014.
ROGÉRIO DIAS – FACE BOOK
RON MUECK -http://artheleo.blogspot.com.br/2012/02/ron-mueck.html
Itaú Cultural
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