segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Arte contemporânea e os fazeres artísticos


Arte Contemporânea 
O artista nunca é mórbido. O artista pode exprimir tudo. (Oscar Wilde)


                                       Figura 1. Obra de Rogério Dias.

O campo das Artes Visuais é vasto, sua temática abrangente, sua materialidade perpassa o efêmero, seu objeto único multiplica-se. Uma discussão sobre o fazer artístico contemporâneo insiste em entender o que seja a arte hoje, enquanto instituições e restauradores se esforçam no 
exercício da conservação e preservação dos novos acervos.  

                                                     Figura 2. Obra de Arthur Barrios.

Beber da arte contemporânea em seu processo de produção, repleto de informação e diversidade, leva às discussões que percorrem ateliês, academias, grupos de estudo e conversas na “cozinha do artista”. São artistas, curadores conservadores estudantes, colecionadores e galeristas em busca de norte, onde algumas obras atingem valores altíssimos, encontram compradores curiosos e espectadores cada vez mais atentos.

                                                               Figura 3. Moda arte.

Termos como inovação, sustentabilidade, hibridismo, efêmero se fazem presentes; assim, como, arte tecnológica, digital, reprodutibilidade, multiplicidade, pertencimento, releitura, apropriação, tirando o sossego até mesmo do objeto original, até então consagrado.



                                      Figura 4. Estudantes da Universidade do Contestado.

Assim, conhecer alguns conceitos, sobre técnicas artísticas e reconhecer as próprias técnicas, desse processo de feitura da arte, contribuem para o aprimoramento do olhar e valoração do fazer artístico.


                                                        Figura 5. Rumos Itaú Cultural.

Na feitura da obra existe um processo que compreende:

Da concepção mental da obra de arte até a sua realização final (...) um laborioso trabalho de execução material (...) quase sempre desconhecido do público e muitas vezes subestimado pelos próprios iniciados nas artes. (BADEP, 1977).

A ideia de reprodução surge como um viral e, todos, a um só tempo degustam a produção artístico-cultural sedentos de mais e mais arte. Observam-se as filas diante dos museus e os museus se edificando com maior intensidade pelos quatro cantos do planeta. 


                                                          Figura 6. Obra Romero Brito.

No campo da gravura, no entanto, a reprodução, a multiplicidade já estava presente sob o termo de edição ou tiragem, datada e numerada, possibilitando ao artista assinar, apesar da multiplicidade da imagem, enquanto peças originais.

Observemos o conceito:
Gravura – Gravar é traçar por incisão formas e linhas na superfície de qualquer material. Sua execução divide-se em três estágios: gravação da matriz, tintagem e impressão. É característica da gravura o fato da matriz não ser um original fiel da obra acabada, pois o processo de reprodução, além de produzir novos efeitos, inverte as imagens gravadas sobre a matriz.         (BADEP, 1977)

O processo de produção de uma gravura encontra variedade de recursos e suportes para elaboração de uma matriz, o que leva ao entendimento da variedade de técnicas encontradas, tais como ponta seca, água forte, litogravura, xilogravura, serigrafia entre outras. Mas, que dizer quando uma escultura é reproduzida? Ou, então, uma obra de arte passa a estampar camisetas, roupas, almofadas? Como interpretar a arte contemporânea?


                                                      Figura 7. Obra Roy Lichtenstein



Figura 8.

Será essa a resposta, não importa o que nem como, mas a arte tem que ser acessível. Aquele que não a produz deve dela usufruir. Fruir.“A discussão saiu do museu e academia. A discussão chegou às ruas.” (SANT´ANNA, 2002)

Bibliografia:

SANT´ANNA.A.R. - Desconstruir Duchamp: arte na hora da revisão - Rio de Janeiro. Vieira&Lent, 2003.
FONDELLI.M. - Oscar Wilde  Aforismos – Paraná. Editora Posigraf.
BADEP 1977.

Acessado em 2014.
ROGÉRIO DIAS – FACE BOOK
RON MUECK -http://artheleo.blogspot.com.br/2012/02/ron-mueck.html 
Itaú Cultural



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