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A arte contemporânea e sua interface com o design



Os objetos expostos na galeria Friedman Benda, em Nova York, além de impressionar pela sua originalidade também instigam a formulação de indagações na tentativa de classificá-los: são obras de Arte ou peças de Design? De modo especial, os itens expostos na galeria são produções de designers e artistas contemporâneos que demonstram certa singularidade em suas criações. Dentre as peças expostas na galeria estão objetos construídos a partir da utilização de variados tipos de materiais, elaborados por meio de técnicas incomuns e produzidos a partir da aplicação de tecnologias inovadoras. 

Figura 1- Maker Chair (Polygon) e Maker Chair (Diagonal Wood), 2014
Fonte: http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman

O designer holandês Joris Laarman está entre os diversos artistas que expõe suas obras na galeria Friedman Benda. Através das produções realizadas em seu laboratório sediado em Amsterdam, o jovem Joris Laarman de 35 anos, colabora com artistas, cientistas e engenheiros utilizando das múltiplas possibilidades oferecidas pelas tecnologias emergentes, tais como: sistemas de cálculo numérico computadorizado (CNC), processos e recursos de impressão de materiais em três dimensões (3D) e através de esquemas e técnicas ligadas à robótica. Em suas produções encontram-se cadeiras, estantes e mesas que utilizam materiais como plástico, madeira, aço e alumínio. Os projetos de Joris Laarman estão também expostos de maneira permanente em instituições como: o MoMA em Nova York; o V & A em Londres e o Centre Pompidou em Paris.

Figura 2- “Bone Chair” (Cadeira Osso) produzida pelo Designer Joris Laarman, 2014
Fonte: http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman

É possível considerar que a apresentação dessas peças em museus fomentam algumas reflexões na tentativa de compreender as possíveis relações entre Arte e Design. Tais objetos são obras de Arte ou peças de Design? Poderia esses itens em suas formas esculturais ser categorizados como peças de Arte e de Design simultaneamente? Além disso, de modo geral, há relevância na distinção entre a Arte e o Design na contemporaneidade?

A partir das similaridades a relação entre a Arte e o Design vem sendo estabelecidas modo profícuo ao longo da história. O Design desde o seu surgimento no início do século XIX, recebeu influências significativas originadas no âmbito Arte. Podem-se citar como exemplos dessas influências os movimentos Art Nouveau, o Construtivismo Russo, o movimento De Stijl e o movimento artístico da Escola Bauhaus, dentre outras manifestações que contribuíram para a consolidação da atividade de Design. De modo especial, é possível considerar a produção do designer Gerrit Rietveld que influenciado pelo movimento “De Stijl”, desenhou a cadeira azul e vermelha. Tal cadeira se assemelha a pintura a óleo sobre tela, intitulada Composição em Azul, Amarelo e Vermelho, produzida em 1921 pelo artista Piet Mondrian. Para Mondrian (1946, p. 35-36) “[...] todas expressões de vida supõem uma aparência diferente, uma aparência determinantemente mais abstrata [...] A tarefa mais importante de toda arte, então, é destruir o equilíbrio estático estabelecendo um equilíbrio dinâmico”.

Figura 3- Cadeira “Azul e Vermelha” e Pintura a óleo “Composição em Azul, Amarelo e Vermelho”
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cadeira_Vermelha_e_Azul

No âmbito da relação entre Arte e Design encontram-se diferentes argumentos afirmando que o Design é um tipo de Arte e neste caso é inviável distinguir a Arte do Design. No entanto, também são observados argumentos que consideram o Design como uma atividade fundamentalmente distinta da Arte. Perante as reflexões acerca da relação entre Arte e Design, nota-se a complexidade em distinguir onde termina um e começa o outro.

REFERÊNCIAS
MONDRIAN, Piet. Eleven europeans in America. Bulletin of the Museum of Modern Art, New York: Museum of Modern Art (MoMA), v. XII, n. 4, 5, p. 35-36, 1946.

LAARMAN, Joris. Exposição Lab: Bits and Crafts. Disponível em: <http://www.friedmanbenda.com/artists/joris-laarman>. Acesso em: 10 jul. 2015.



Alecir Carvalho é doutorando em Design - Linha de Pesquisa: Comunicação Cultura e Artes pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-RIO (2014), Mestre em Design - Linha de Pesquisa: Design, Cultura e Sociedade - ED.UEMG (2012), Bacharel em Design pela Escola de Design - ED.UEMG (2000). Participa de projetos no Laboratório de Pesquisa e Produção de Mídias Educativas Espaço Poiesis. 

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Mídia, religião e comportamento.




Gente, olá!

Nos últimos dias do ano de 2014 o artista Josué Gonçalves dos Reis transformou em imagens alguns de seus pensamentos a respeito dos acontecimentos acerca da influência da mídia e da religião no comportamento das pessoas no Brasil. Após aprontar as ilustrações ele me convidou para  desenvolver algum texto que dialogasse com as ilustrações. Apesar de ainda saber pouco sobre métrica e de escrever, talvez, um tanto truncado, topei o desafio. Segue:


DMC - DC 
(Dois mil e catorze anos, depois de Cristo)


"Desbravadores"
com ferro e chumbo
Destituíram culturas primárias
Forjaram testamentos 
Ocidentais.

Fortes mentes tribais 
Instavelmente
Suplicaram resistentes
Hoje
pouco delas se ouve.

Da mãe África 
como mercadorias
traficaram pessoas
acorrentadas.

As de cor vermelha, preta e parda
Privadas do poder elitista
Compulsioriamente 
foram exploradas.

Embora sigam sangues
Derramados 
Deturpada mentes miscigenadas 
Entorpecidas pelas falácias
da cultura branca
Postuladas nas grandes mídias
Rezam pela bem-aventurança divina.



Texto: Soraia OC, Ilustra: Josué, 2014/2015.


Saliento que críticas construtivas são bem vindas!!!

Até mais, 



Foto: Letícia G. Camillo.

Soraia Oliveira Costa, mestre em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Professora de Sociologia na Educação Básica e na Educação de Jovens e Adultos no Estado de São Paulo. Trabalha com audiovisual e oralidades desde meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu, UFABC e FSA. 



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Centro de Arte Contemporânea em Niterói -- José Ervem Magalhães


O Centro de Arte Contemporânea do artista plástico José Ervem Magalhães, desde outubro de 2014 é a nova programação Cult do Rio de Janeiro. Localizado em Pendotiba em Niterói, a casa de aproximadamente 400m², está sendo aberta ao público em horário comercial e foi toda projetada para abrigar as obras de arte e o acervo do artista.


A metamorfose do mito

A idealização do projeto visa difundir e propagar o desenvolvimento artístico nacional, permitindo um maior contato do público com a Arte Contemporânea, além de promover eventos culturais e exposições de obras de arte.

A estética do Pão de Acúcar


                              
Ganhador do prêmio artista Del Milênio em Roma Itália em 2005, José Ervem, reunirá em seu ateliê várias expressões artísticas de diferentes momentos de sua trajetória artística. Segundo o crítico de arte italiano, Giorgio Tellan, a obra do artista sugere algumas características pós-Cubistas passando pela decomposição e agregamento das formas, sugerindo algo subjetivo entre as formas abstratas e a exigência do formato dos objetos. O crítico de arte italiano destaca também que a obra de Ervem prima pela versatilidade em compor as cores.


Banda



 - "Característica singular e vibrante de algumas das suas obras é a vibração cromática”. Sua evolução estética, em suas pinturas acrílicas sobre tela, busca toda a representatividade das cores vibrantes em tons luminosos nas linhas e traços e que formam a realidade visual.

Substância da Paisagem


                                 
Sua impressão estética provoca, no olhar do expectador, uma gama de combinação de cores, que alterna pigmentos sublimes, tons fortes e pontos de luz.

O artista plástico, expressa em suas obras, a amplitude da visão contemporânea, nos movimentos de cores, traços e sombras em precisas pinceladas.

Endereço: Estrada Caetano Monteiro 2380 Tel.: 3492-3359
Niterói - RJ



Jocelma Holandino de Vasconcelos cursa  Comunicação Social, habilitação Jornalismo,   Faculdades de Comunicação Social Hélio Alonso - FACHA e é estagiária de Assessoria de Imprensa na empresa Artes Plástica - José Ervem Magalhães.
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Drops Cultural - 26/10



Nosso colunista Geraldo Trombin (que publica a coluna Uni.Verso) teve um outubro premiado. Ficou em primeiro lugar em dois concursos: no 5º Concurso Literário Internacional Prêmio Buriti 2014, na modalidade Crônica, promovido pela escritora, jornalista e ativista cultural Rita Velosa (Américo Brasiliense/SP); e no Concurso Nacional de Poesias 2014 – tema Lisura (poetas de outros estados), promovido pelo CTC - Clube dos Trovadores Capixabas (Vitória/ES).

Parabenizamos e comemoramos com ele as vitórias do mês. Para conhecer um pouco do trabalho de Geraldo Trombin, leia suas colunas na ContemporARTES.

Duas revistas da área de História estão com números novos disponíveis para leitura. O número mais recente da Revista História Hoje aborda “campos da História e suas relações com a tecnologia, os recursos educacionais abertos e o ensino a distância” e pode ser lida aqui
Já a Revista Escrita da História lança seu primeiro número, com artigos e resenhas compondo o Dossiê “Concepções Conservadoras e Autoritarismos” e da Seção Livre. Conheça esta novarevista.

“O Teatro de Bernardo Santareno” é o lançamento da Editora Todas as Musas
O livro, que tem organização de Fernanda Verdasca Botton e Flavio Botton, reúne o trabalho de diversos pesquisadores sobre a obra do dramaturgo português Bernardo Santareno.  Adquira seu exemplar aqui


No dia 18 de outubro, foi inaugurado em Niterói (RJ) o centro de arte contemporânea e ateliê José Ervem Magalhães. O novo espaço dedicado às artes deve receber exposições, eventos e workshops diversos, sempre visando facilitar o contato do público com a arte contemporânea.


O espaço está localizado na Estrada Caetano Monteiro , número 2380. Informações sobre exposições e eventos podem ser obtidas pelo telefone (21) 3492-3359.



QUEQUEQUÉ que a CARMEN TEM?

Gênero: Teatro de Revista
Texto: Cristóvão de Oliveira
Direção: Cristóvão de Oliveira
Assistente de Direção: Daphne Garcez


Sinopse: Resultado da Oficina “Cabaré em Revista”, o espetáculo mostra a vida e a obra de Carmen Miranda, nossa diva hollywoodiana-tupiniquim que ganhou o mundo e lançou moda. Com muita alegria, muita música e números divertidos, mostramos que a Pequena Notável tinha um “quê” qualquer que arrebatava todos à sua volta sendo eternizada como um ícone que atravessa gerações e nunca perde a contemporaneidade.   

                                                                                                                       
Elenco: Alesander Guilherme, Amanda Pickler, Camila Peres Pinho, Daphne Garcez, Deusa Xisto, Giovana Carla, Guilherme Andrade, Guilherme Weber, Inezita de Mary, Isabelle Marina, Kelly Susi, Marília Carzino de Alcântara, Nicole Tacques, Rita Quelhas, Suelen Oliveira, Vanessa Strelow

Atores Convidados: Bruno Germano Rodrigues, Lucas Teles, Rafael Menezes
Músicos: Claudemir Franco, David Moura, Eliezer Silva, Hebert Nascimento, Ivens Torres, Lucas Teles
Direção Musical: Ivens Torres
Direção Coreográfica: Rodolfo Quelhas
Coreografias: Alesander Guilherme, Cristóvão de Oliveira, Nicole Tacques e elenco
Cenário: Alfredo Gomes
Figurino: Cristóvão de Oliveira, Najla Hishmeh e elenco
Adereços: Cristóvão de Oliveira, Marcelo Salles

Iluminação: Aline Bonde
No Teatro Lala Schneider, em Curitiba-Pr.
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Arte contemporânea e os fazeres artísticos


Arte Contemporânea 
O artista nunca é mórbido. O artista pode exprimir tudo. (Oscar Wilde)


                                       Figura 1. Obra de Rogério Dias.

O campo das Artes Visuais é vasto, sua temática abrangente, sua materialidade perpassa o efêmero, seu objeto único multiplica-se. Uma discussão sobre o fazer artístico contemporâneo insiste em entender o que seja a arte hoje, enquanto instituições e restauradores se esforçam no 
exercício da conservação e preservação dos novos acervos.  

                                                     Figura 2. Obra de Arthur Barrios.

Beber da arte contemporânea em seu processo de produção, repleto de informação e diversidade, leva às discussões que percorrem ateliês, academias, grupos de estudo e conversas na “cozinha do artista”. São artistas, curadores conservadores estudantes, colecionadores e galeristas em busca de norte, onde algumas obras atingem valores altíssimos, encontram compradores curiosos e espectadores cada vez mais atentos.

                                                               Figura 3. Moda arte.

Termos como inovação, sustentabilidade, hibridismo, efêmero se fazem presentes; assim, como, arte tecnológica, digital, reprodutibilidade, multiplicidade, pertencimento, releitura, apropriação, tirando o sossego até mesmo do objeto original, até então consagrado.



                                      Figura 4. Estudantes da Universidade do Contestado.

Assim, conhecer alguns conceitos, sobre técnicas artísticas e reconhecer as próprias técnicas, desse processo de feitura da arte, contribuem para o aprimoramento do olhar e valoração do fazer artístico.


                                                        Figura 5. Rumos Itaú Cultural.

Na feitura da obra existe um processo que compreende:

Da concepção mental da obra de arte até a sua realização final (...) um laborioso trabalho de execução material (...) quase sempre desconhecido do público e muitas vezes subestimado pelos próprios iniciados nas artes. (BADEP, 1977).

A ideia de reprodução surge como um viral e, todos, a um só tempo degustam a produção artístico-cultural sedentos de mais e mais arte. Observam-se as filas diante dos museus e os museus se edificando com maior intensidade pelos quatro cantos do planeta. 


                                                          Figura 6. Obra Romero Brito.

No campo da gravura, no entanto, a reprodução, a multiplicidade já estava presente sob o termo de edição ou tiragem, datada e numerada, possibilitando ao artista assinar, apesar da multiplicidade da imagem, enquanto peças originais.

Observemos o conceito:
Gravura – Gravar é traçar por incisão formas e linhas na superfície de qualquer material. Sua execução divide-se em três estágios: gravação da matriz, tintagem e impressão. É característica da gravura o fato da matriz não ser um original fiel da obra acabada, pois o processo de reprodução, além de produzir novos efeitos, inverte as imagens gravadas sobre a matriz.         (BADEP, 1977)

O processo de produção de uma gravura encontra variedade de recursos e suportes para elaboração de uma matriz, o que leva ao entendimento da variedade de técnicas encontradas, tais como ponta seca, água forte, litogravura, xilogravura, serigrafia entre outras. Mas, que dizer quando uma escultura é reproduzida? Ou, então, uma obra de arte passa a estampar camisetas, roupas, almofadas? Como interpretar a arte contemporânea?


                                                      Figura 7. Obra Roy Lichtenstein



Figura 8.

Será essa a resposta, não importa o que nem como, mas a arte tem que ser acessível. Aquele que não a produz deve dela usufruir. Fruir.“A discussão saiu do museu e academia. A discussão chegou às ruas.” (SANT´ANNA, 2002)

Bibliografia:

SANT´ANNA.A.R. - Desconstruir Duchamp: arte na hora da revisão - Rio de Janeiro. Vieira&Lent, 2003.
FONDELLI.M. - Oscar Wilde  Aforismos – Paraná. Editora Posigraf.
BADEP 1977.

Acessado em 2014.
ROGÉRIO DIAS – FACE BOOK
RON MUECK -http://artheleo.blogspot.com.br/2012/02/ron-mueck.html 
Itaú Cultural



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Saca: Arte para Resistência e Copa Rebelde dos Movimentos Sociais




Na Cidade de Exceção, a regra é o lucro e a exceção são os direitos da população.

                  "Como foi muito bem apontado pelo Deputado Estadual carioca, Romário, “A FIFA é um Estado mais soberano do que o Estado brasileiro, dentro do próprio território brasileiro”. Essa declaração é mais fácil de ser entendida se partirmos do conceito de Cidade de Exceção.
                  A Cidade de Exceção é um termo que traduz uma série de medidas excepcionais para um fim específico de mercado. Para realizar uma operação de interesse de grupos empresariais e enriquecimento de membros do poder público, são criados novos estatutos, novas leis, que simplesmente ignoram a Constituição, Direitos civis e outros códigos que foram criados para garantir direitos ao cidadão brasileiro. Em outras palavras, são Leis de Exceção, que interferem na organização e utilização do espaço público das cidades. Por isso o termo Cidade de Exceção: as cidades que receberão a Copa do Mundo de 2014, terão de ABANDONAR Direitos Civis, Constitucionais para dar lugar á um novo código de leis que beneficiam apenas grandes empresas multinacionais parceiras da FIFA, e a própria FIFA, é claro.              
Os exemplos são muitos: terrenos de interesse social transferidos para a utilização de obras de infraestrutura da copa (estacionamentos, boulevards de multinacionais, parques e áreas de lazer de alto padrão para atender turistas, etc.); milhares de famílias desalojadas violentamente em nome da construção de estádios de futebol; proibição de expressões culturais legítimas brasileiras em nome do interesse de empresas de alimentação ligadas á FIFA; Enfim, seria tedioso listar aqui todas as injustiças causadas desde que o Brasil foi escolhido como sede do megaevento[1].
                  Fica claro então á serviço de quem os governantes estão agindo, sejam eles de qualquer partido: mandam a polícia fechar o cerco nas periferias e favelas, com as UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora) para garantir a repressão daqueles que se levantarem contra a demolição de suas casas, enquanto doa estes terrenos para empresários ricos da construção civil associados á FIFA; abre as portas ás empresas de alimentos do estrangeiro enquanto manda a polícia reprimir trabalhadores ambulantes; reprime, prende e criminaliza os lutadores que corajosamente se enfrentam contra o grande desaforo que a Copa trará para a maioria dos brasileiros."




[1] Para ver em detalhes os impactos gerados pela preparação da Copa no Brasil, ver “Dossiê da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa” (disponível em: http://comitepopulario.files.wordpress.com/2011/12/dossie_violacoes_copa_completo.pdf)

Fonte:
Coletivo ABECEdário - Tema: Copa Pra Quem?

Terá um evento político-cultural no dia 26.04 na Sacadura Cabral, periferia de Santo André-SP para proporcionar mais reflexão e debate a respeito da atual conjuntura.

Além das atividades, aproveitarei momento também para descontrair e disponibilizar parte da pesquisa musical de Rap e Funk Batidão, vulgo Proibidão. Contaremos também com um MC, que elaborou sete letras de sons para o dia e no dia farei a base sonora para ele.




Para melhor situar os interessados que ainda não conhecem a Sacadura Cabral, compartilhamos um panorama básico elaborado a partir de fontes orais

"A Saca e a palmares foram ocupadas mediante a proximidade do terreno com as indústrias da região do ABC, a construção do bairro foi feita sem planejamento e permaneceu dessa forma nas décadas de 1970, 1980, quando alguns grupos de moradores, o MDDF (Movimento pelo Direito dos Favelados), e grupos da igreja católica que lutavam por moradia, Cebs, pastoral operária e etc, iniciaram um processo de luta no ABC. No fim da década de 1980, várias favelas do ABC lutavam pela urbanização e saneamento básico das áreas ocupadas. Foi na década de 1990 depois de várias manifestações, passeata, produção de documentos (vídeos, fotos, relatos, gravações, escritos), treta com a prefeitura e etc, que no mandato do prefeito Celso Daniel do PT, lançou um projeto de urbanização pras favelas do ABC, algumas famílias foram para prédios de habitação, urbanizou boa parte da favela, alguns moradores tem escritura das casas, mas a favela já cresceu de lá pra cá e algumas áreas ainda são bem precárias. 

Hoje ainda existe atuação esporádica do MDDF, organização mínima entre os moradores, centro comunitário. Mas a maioria da população é grata incondicionalmente ao PT  e ao Celso Daniel e perdem a instiga pra luta."



Esperamos vocês para somar conosco por lá!

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Copa Rebelde dos Movimentos Sociais

Neste final de semana ocorreu a segunda Copa Rebelde dos Movimentos Sociais na frente da estação ferroviária Julio Prestes, em São Paulo. O local que estava ocioso devido os movimentos do projeto Nova Luz e, segundo organizadores do torneio, recentemente, o governo do Estado anunciou a desistência da construção da obra. 

O evento foi organizado pelo Comitê Popular da Copa de São Paulo, junto de movimentos sociais e coletivos parceiros, de forma horizontal. Uma das propostas deste torneio é ser alternativo ao megaevento gerido pela FIFA, é um ato político feito e apropriado pelo povo com diversas atividades culturais gratuitas e aberta: capoeira, espaços para as crianças, DJ's, MC's, teatro... 




É importante ressaltar que a própria população do entorno colocou dois pares de traves no espaço para fazer o uso popular do espaço, montamos apenas o terceiro campo para o uso livre enquanto ambas quadras eram utilizadas para o torneio. 



Foto de Sérgio Silva
Fonte: http://coparebelde.wordpress.com/
No campo eram cinco jogadores em linha e um no gol de cada time. Os jogos não tiveram juiz, mas houve arbítrio com consciência, não sendo tolerado injustiças e no caso de alguma penalidade, os próprios jogadores e torcida paravam o jogo. Se persistisse alguma agressão, dependendo da gravidade era designado alguém para ser juiz ou os responsáveis pela confusão eram retirados do torneio.


No dia 15/12/2013 teve a I Copa Rebelde dos Movimentos Sociais




E nos dias 12 e 13.04.14, a segunda edição da Copa Rebelde dos Movimentos Sociais


Se vos interessar ter outras informações, segue algumas reportagens:


http://www.tvt.org.br/watch.php?id=16196&category=208


Confiram os álbuns com as fotos do torneio:





Outras informações em:  

Soraia Oliveira Costa, mestranda em História da Ciência (UFABC), bacharel e licenciada em Ciências Sociais (CUFSA/2009). Pesquisadora que utiliza de recursos audiovisuais, da fotografia e das oralidades para fazer análises do cotidiano, da transformação sensível, do cenário urbano, da natureza, do trabalho, dos transportes, do comportamento, da cultura e das manifestações artísticas. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", que trata sobre a vila de Paranapiacaba.
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