Você quer assistir algo diferente nessas férias? Já foi ao cinema, uma, duas, três vezes? Já alugou um filme, dois, três?..., então ligue a TV no Universal Channel ou vá correndo ao shopping direto a uma livraria comprar uma das seis temporadas do Dr. House ou simplesmente House. Uma famosa série médica norte-americana, criada por David Shore e exibida originalmente nos Estados Unidos pela Fox desde 2004. O protagonista é o Doutor Gregory House, interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, um médico pouco convencional, brilhante e manco que lida com uma dor física constante, sendo esse o motivo pelo qual usa uma bengala, peça fundamental para compor seu visual irreverente e um tanto agressivo. Seu olhar é sempre profundo e desconfiado evidenciando sua grande habilidade e disposição em procurar sinais da doença em seus pacientes no óbvio ou no improvável.
Como Sherlock Holmes, House faz da medicina diagnóstica um jogo intrigante e instigante, reativado a cada chegada de um novo paciente desenganado por outras equipes. Ele é um médico especialista em infectologia e nefrologia, mau humorado, cético e antissocial que faz do hospital universitário fictício, Princeton-Plainsboro Teaching Hospital, em Princeton, New Jersey, sua casa, e de sua equipe médica, sua família.
São seis temporadas já produzidas que são transmitidas aqui no Brasil pelo canal Universal Channel. Outras temporadas mais antigas ainda são exibidas no Brasil através dos canais de televisão abertos Record e Rede Família. A sexta temporada que está atualmente no ar, foi estreada dia 21 de Setembro de 2009 nos Estados Unidos num episódio especial de duas horas.
O fato é que, por vários motivos, vale a pena assistir os episódios de House, ou pela criação bem cuidada das histórias, criativas e bem elaboradas, ou pela construção espetacular das personagens que é evidenciada na profundidade da personalidade de cada uma e de suas interrelações. Outro fator importante, são os vínculos que surgem entre os pacientes com a equipe médica, fato que proporciona um jogo interessante e enigmático entre passado e presente, entre a vida e a morte, mostrando conflitos existenciais e psicossociais.
Quase todos episódios começam com um cold open, fora do hospital, uma entrada antes dos créditos com uma pequena história do(s) futuros pacientes. Essas aberturas apresentam aos espectadores o paciente, que será tratado por House e sua equipe, tendo um de seus sintomas em um lugar qualquer. Bem feita, essa entrada prende a atenção do espectador e faz com que tenhamos vontade de começar a assistir o episódio. Posteriormente, as filmagens se voltam para o hospital onde é realizado a maioria das filmagens. O foco no caso do paciente faz com que o ambiente hospitalar das filmagens fique em segundo plano dando aos episódios mais dinamismo e facilidade de envolvimento do espectador com a historia.
As personagens:
Chirs Tamb (Peter Jacobson)
Allison Cameron (Jennifer Morrison)
Eric Foreman (Omar Epps)
Jesse Spencer (Robert Chase)
James Wilson (Robert Sean Leonard)
Lisa Cuddy (Lisa Edelstein)
Remy Hadley "Thirteen" (Olivia Wilde)
Laurence Kutner (Kal Penn)
Ficha Técnica:
Elenco:
Hugh Laurie (Dr. Gregory House), Lisa Edelstein (Dra. Lisa Cuddy), Robert Sean Leonard (Dr. James Wilson), Omar Epps (Dr. Eric Foreman), Jennifer Morrison (Dra. Allison Cameron), Jesse Spencer (Dr. Robert Chase), Olivia Wilde (Dra. Remy Hadley/Treze) e Peter Jacobson (Dr. Chris Taub).
Criador:
David Shore ("Hack", "Family Law", "Law & Order").
Produtores/estúdios:
Katie Jacobs ("Gideon's Crossing"), David Shore, Paul Attanasio ("Gideon's Crossing", "Homicide: Life on the Street"), Bryan Singer ("Dirty Sexy Money", "Superman - O Retorno", "X-Men"), Thomas L. Moran ("NCIS", "JAG", "Hack"), Russel Friend ("Boston Public", "John Doe", "Roswell") e Garrett Lerner ("Boston Public", "John Doe", "Roswell")/Heel and Toe Films, Shore Z Productions, Bad Hat Harry Productions e Universal Media Studios.
Musica tema:
"Teardrop", Massive Attack.
Estréia:
EUA: 16/11/2004
BRASIL: 14/04/2005
Status:
Série renovada; 6ª temporada — 134 episódios.
Horários:
UNIVERSAL: quinta (23h00); sexta (02h00/06h00); sábado (21h00).)
Katia (entrevistando pessoas a respeito da Série)
A seguir a opinião de alguns amigos sobre o seriado House:
Kátia: Porque vc gosta de House?
Opinião de Leo Dan
Leo: “ Eu gosto de House porque na série não existe o celeuma entre o bem e o mal, essa coisa da dicotomia, é tudo uma questão imediata de decisão, ali, na vida de cada um, na hora, no exato momento, com todos os fatores internos e externos. São escolhas emocionais ou racionais que constróem a história. O louco é que o House é um chato, ninguém gostaria de ficar perto dele, teoricamente, ao mesmo tempo ele funciona como se fosse uma consciência das pessoas, às vezes essa consciência te joga pra baixo, outras vezes pra cima dependendo da situação, aquela coisa da análise um pouco fria. Ele mesmo, o House, é mal resolvido, porque se ele parasse de tomar as drogas que consome em pílulas, talvez não conseguisse agüentar tudo aquilo, poderia cair num ciclo mais emocional e pirar, como quando ele foi internado. A mente dele está por um fio e isso ajuda-o no diagnóstico pois o envolvimento com o caso é tamanho que o tira de sua própria vida e perpassa por questões sociais e psicológicas, e é legal ter em mente essa história da saúde como algo mais geral, ligada a outros fatores não só físicos mas também mentais, sociais, psicológicos e ligados a vida privada, aos hábitos de cada paciente”.
Opinião de Geisly Conca
Geisly Conca:
Eu gosto do seriado porque ele retrata uma pessoa que teve um problema de mal diagnóstico no início do seriado, o próprio House, e que por causa desse diagnóstico errado ele pagará por toda sua vida, e por esse motivo ele ficou viciado em drogas e manco, ficou manco de uma perna, mas na verdade ele é manco não só da perna, de tudo, e a única coisa que ele é realmente bom é, engraçado (risos), parece que todos os gênios são assim, eles são muito bons em alguma coisa, no caso do House, ele é bom em diagnóstico, no resto tem dificuldades. Ele não é uma pessoa convencional, ele não tem uma vida particular, é engraçado como ele precisa da vida do outro a todo momento para conseguir fazer a vida dele, tem episódios que ele coloca detetives para pesquisar a vida das outras pessoas para poder ter motivo para viver, porque a vida dele, em si, é só a medicina. O que importa a ele são os diagnósticos e a equipe, pois ela, a equipe, é a única família que House tem, e ele faz questão de conhecer essa equipe e ficar muito perto dela. Outra coisa que acho incrível no House é que ele é grosso, muito direto às vezes, ele consegue ser bem estúpido, magoar as pessoas, mas mesmo assim as pessoas que ele magoa gostam dele, é estranho porque geralmente as pessoas tentam agradar as outras pra fazerem com que elas gostem delas, mas ele é totalmente o inverso, ele desagrada, e as pessoas gostam dele apesar do desagrado. A questão é que ele não desagrada de qualquer forma, é como um psicólogo, falando de coisas que talvez as pessoas não tinham pensado antes. Ele pensa nas desculpas das pessoas ou nas mentiras que contam para se auto-sabotarem, e então ele joga isso na cara delas, ele é agressivo, acho que isso não se aplicaria na vida real, será que uma pessoa tão grossa seria respeitada? Apesar de ele ser muito grosso parece que se preocupa com os outros, de verdade, ele é honesto nesse sentido, então é grosso mas nunca indiferente, ele se preocupa, e isso é bom. Se ele não se preocupasse com as pessoas não ficaria tanto tempo pensando só naquela pessoa para que ela viva, pois uma só pessoa seria muito pouco pelo tempo que gasta com cada caso, pois quantas pessoas morrem num dia ou em uma guerra, por exemplo? Mas ele se preocupa com aquelas pessoas que estão sofrendo e morrendo naquele episódio. Passa dias pesquisando e pensando o tempo todo na doença da mesma pessoa, para que ela não morra. Como em um episódio que House faz algo pouco convencional para que o paciente se sinta feliz. Chega a ele um caso de um homem muito doente que apresenta sintomas de intoxicação, House descobre que ele se acha muito inteligente e por esse motivo achava a vida muito ruim, então o paciente começa a ingerir um xarope para ficar mais lerdo e menos “inteligente” e conseguir viver melhor. Ele foi desintoxicado, ele começou novamente a ter problemas com a esposa, com as pessoas de seu convívio, o House o incentiva a continuar com o xarope para poder viver melhor.
Opinião de Iolanda Barros de Oliveira
Iolanda Barros:
Gosto do seriado House porque, além dos mistérios mirabolantes que são resolvidos a cada episódio, ao acompanhar o desenrolar da série é possível perceber como os personagens (e as relações entre eles) são construídos de maneira complexa. Dr. House, o personagem principal, apesar da superfície de anti-herói é alguém que envolve - e se envolve, ainda que de maneira maluca (como é o caso da sua amizade com o Dr. Wilson ou sua "paixão" pela Dra. Cuddy).
Outro aspecto interessante do seriado é que o comportamento do Dr. House costuma ser agressivo e muitas vezes preconceituoso, mas ao ocupar esse local "politicamente incorreto", a figura de House e sua relação com os outros personagens (principalmente os outros médicos/as da equipe) permite problematizar ao invés de reforçar e naturalizar relações sociais mais amplas muitas vezes marcadas pelo racismo e sexismo, por exemplo.
Opinião de Bárbara Urban
Bárbara:
O que eu mais gosto da série House é o fato da personagem título concentrar muitas características que as pessoas abominam porém que as constituem como humanas; o fato dele se permitir ter e vivenciar sentimentos muitas vezes não valorizados socialmente, como a arrogância, ódio e etc, torna-o incrivelmente humano. Essa construção paradoxal do médico - que pode ser visto como um signo de vida - com sentimentos humanos tidos como mais obscuros, faz com que a composição desta personagem seja rica e complexa.
Publique também sua opinião sobre a série e se você não viu, vale a pena conferir,
Bom seriado!
Kátia Peixoto é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Mestre em Cinema pela ECA - USP onde realizou pesquisas em cinema italiano principalmente em Federico Fellini nas manifestações teatrais, clowns e mambembe de alguns de seus filmes. Fotógrafa por 6 anos do Jornal Argumento. Formada em piano e dança pelo Conservatório musical Villa Lobos. Atualmente leciona no Curso Superior de de Música da FAC-FITO e na UNIP nos Cursos de Comunicação e é integrante do grupo Adriana Rodrigues de Dança Flamenca sob a direção de Antônio Benega.