Eleições: senta que lá vem história.




Foi no ano de 2008 que ouvi uma das frases mais representativas do pensamento hodierno brasileiro sobre as informações midiáticas e a política nacional. Era ano eleitoral e eu ainda estava envolvida na área de planejamento estratégico em políticas públicas. Nós estávamos trabalhando em conjunto para uma determinada ação política quando um formando universitário do curso de sociologia disse: "realizamos uma pesquisa sobre as informações veiculadas na mídia e constatamos que, dentre os jornais televisivos, o mais neutro em suas informações é o da Rede Globo. Os demais são tendenciosos e contém alto índice de comentários pessoais". Essa "pesquisa" me deixou completamente chocada frente ao grau de inocência que a população possui diante da mídia, pois o que esse estudante disse representa o pensamento de muitos, não só frente à Rede Globo, mas de toda a sorte de informações que são lançadas todos os dias.
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Não é necessário ler Teorias da Comunicação de Ilana Polistchuk e Aluízio Ramos Trinta (embora seja uma leitura muito agradável) para entender que a mídia não é meramente um canal de informações, mas é dotado de poderes psicossociais ao transmití-las. A persuasão faz parte do entretenimento midiático e não há como dissociá-lo. Se uma informação midiática não é intermediada por um comentarista ou crítico, sendo divulgada por si só como verdadeira, torna-se ainda mais perigoso do que se fosse claramente abordada como uma crítica ou opinião. Quando uma fato é comentado e pode-se distinguir o fato narrado da crítica apontada, o questionamento torna-se provável, mas quando o mesmo fato é dado como verdadeiro, poucos indivíduos, se houver, questionarão a veracidade da informação.

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A mídia possuindo esse conhecimento, utiliza-se desse tipo de artimanha para persuadir o público-alvo de acordo com seus interesses. Não se deve esquecer que a informação para a imprensa não é a apenas um conteúdo para transmissão, mas sim um produto e como produto, precisa gerar lucratividade.

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Mas como isso acontece sem que se perceba o quão persuadido estamos frente à informação? Em regras silógicas, o método indutivo é aquele que partindo de uma premissa particular, segue em sentido à generalização. Esse é o método muitas vezes utilizado nas informações midiáticas, dentre outros, e que implica em resultados conclusivos prováveis. Na área de psicolingüistica existem estudos que demonstram como a falácia é formada nas entrelinhas das informações utilizadas pela mídia e que mesmo sem utilizar qualquer expressão analítica sobre qualquer fato, pode estar recheado de falácias. É o caso de jornais como o da Globo.

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Não é a primeira vez, talvez não seja a última, em que eu manifeste empatia pelo Observatório da Imprensa que questiona as mais diversas veiculações da mesma informação na mídia, permitindo a visualização de como a combinação de palavras resultam alterações na recepção e percepção dos fatos narrados, daí o poder de persuasão midiático.

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Estamos em ano eleitoral e está muito difícil filtrar a falácia da verdade. Entre as 2 últimas semanas, o jornal da manhã da rádio Jovem Pan informou que 17 pesquisas eleitorais foram denunciadas como tendenciosas porque omitiam informações aos eleitores, não contendo todos os nomes de candidatos (não sei quais institutos, nem quais datas, aliás sei muito pouco sobre o dito). Pois bem, tentei localizar a fonte dessa informação e não encontrei, o que é uma pena! Mas sei que o PSDB conseguiu suspender uma pesquisa realizada pelo Instituto Exata por conter tais tipos de erros. Outra informação que não se tem notícia é de que as emissoras de TV recebem incentivos fiscais do governo para não se manifestar politicamente contrária à máquina política.

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Isso teria começado com o Presidente Fernando Henrique Cardoso dando incentivo à Rede Globo e teria dobrado no governo do Presidente Lula e se estendido a outras emissoras como SBT e Record. Não se acha nada a respeito, embora realmente existam leis de incentivos fiscais para as emissoras com o intuíto de "promover a cultura" e "a produção" cinematográfica no país. Não posso afirmar o intuíto de tais leis, mas posso afirmar que a emissora formadora de opiniões que entrou no século toda endividada anda bem quietinha frente as divergências políticas e isso, há bastante tempo. Se você deseja se aprofundar no assunto, jogue na internet essa informação e você verá diversas matérias antigas dos anos de 2001, 2002, 2004 e outros, a respeito não só das criações de tais medidas provisórias e leis de incentivo às emissoras (seja lá qual incentivo for), como dos respectivos endividamentos (em caso de dúvidas, verifique o programa de resgate do governo Pró-Mídia de 2004).

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Agora quanto à propaganda política, mais difícil do que apontar as falácias é entender o aparelho político em que estamos submersos e os impactos da política externas nos atos. Agora ouvimos de políticos: "eu criei tantos hospitais", "fiz tais obras" e toda aquela baboseira eleitoral. Quando o brasileiro entender que o presidente, o governador, o prefeito e esse povo todo não faz nada sozinho, que existe uma máquina política e que muitas vezes mudam-se os nomes, mas a máquina política permanece a mesma, vamos continuar caindo nos mesmos erros. Não basta escolher um bom nome, é necessário entender o funcionamento dessa engrenagem para escolher quem realmente está apto a direcionar e executar os projetos públicos da melhor maneira.

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Para explicar toda essa aparelhagem e impacto da economia e conjuntura mundial na política interna, seria necessário escrever um livro no mínimo como Era dos Extremos de Hobsbawm (leitura recomendadíssima), ler muito mais de Dreifuss, bem como revisar livros como os de Boris Fausto e Basbaum sobre nossas políticas (sim, gosto de uma leitura tradicional), o que para mim, nesse momento, seria muito difícil. De qualquer forma, só espero que nessas eleições, o voto seja consciente, mesmo que consciente de que estamos sendo manipulados.

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Yone Ramos Marques de Oliveira, teóloga e historiadora, escreve aos sábados, quinzenalmente no ContemporARTES.
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MÃO NA LUVA E TAPA DE PELICA


Isabella Lemos e Marcelo Pacífico, de São Paulo, trouxeram ao 4º FESTCAMP – Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (MS) um instigante trabalho da obra e Vianinha, “Mão na luva”.

O público que lotava o teatro Glauce Rocha viu um exercício de encenação bastante criativo e inteligente, uma aula sobre as possibilidades épicas da cena contemporânea, a linguagem de marcação, a iluminação, a trilha sonora, o cenário que atualizam a discussão do autor sempre interessado nos dramas privados da classe média.

Aqui Vianinha escreveu a peça em 1966 e não nega seus princípios e suas coerências ideológicas e políticas, mas os coloca em segundo plano ou plano paralelo. O que interessa em “Mão na luva” é perceber como a discussão sobre o amor e a crise do masculino ainda são surpreendentes e atuais, especialmente em um escritor que fazia questão de falar para e do presente.

Estreada em janeiro de 2009 como o primeiro projeto saído do Núcleo de Estudos do TAPA, a peça comemora um ano e meio em cartaz e mais de cem apresentações. Muito bem afinados como Sílvia e Lúcio Paulo, os intérpretes paulistas analisam as fragmentações pelas quais a sociedade pós moderna e, especificamente, o individuo vem passando nesses últimos 30 anos.

Com a emergência das sociedades pós-modernas, desintegram-se, por um lado, os sistemas filosóficos tradicionais e essencialistas e perde-se, por outro, o sentido de continuidade entre passado, presente e futuro. O sujeito começa a experimentar a angústia existencial e viver uma profunda crise de identidade. Sílvia e Lúcio são arquétipos dessa sociedade, personagens incertos e inseguros, incapazes de sustentar a possibilidade de uma identidade essencial, coesa, fixa, imaculada, permanente.

Essa encenação, especialmente, concentra-se, na crise amorosa, daquilo que chamamos de “Dramaturgia de Casal”. Portanto, a crise de Sílvia e Lúcio reflete as mudanças que deslocaram as estruturas e processos centrais das sociedades pós-modernas, “abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável ao mundo social” (Hall, 1999, p.9).

Num mundo em que as possibilidades românticas, sob medida para o líquido cenário da vida moderna, surgem e desaparecem numa velocidade crescente e em volume cada vez maior, importante perceber como Vianinha, confirmando as palavras de Bauman, consegue extrair a experiência do fato e, mostrar, à luz da pós-modernidade que o amor pode ser, e freqüentemente é, tão atemorizante como a morte.

"Mão na Luva", que teve o título atribuído por Aderbal Freire Filho em 84, poucos anos após ter sido descoberta pela viúva de Vianinha, aos poucos vai sendo decifrada pelo público: a misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que ela inspira e os desejos conflitantes (estimulados por tal sentimento) de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos.


Djalma Thürler é Cientista da Arte (UFF-2000), Professor do Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Cultura e Sociedade e Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA. Carioca, ator, Bacharel em Direção Teatral e Pesquisador Pleno do CULT (Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura). Atualmente desenvolve estágio de Pós-Doutorado intitulado “Cartografias do desejo e novas sexualidades: a dramaturgia brasileira contemporânea dos anos 90 e depois”.
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GENEVIEVE NAYLOR, UMA FOTÓGRAFA AMERICANA NO BRASIL




Genevieve Naylor, esse era seu nome. Nasceu em Massachusetts, EUA em 1915, e morreu em 1989.
Ela foi uma das primeiras fotógrafas da Agência Associated Press e trabalhou nas revistas Life, Time e Fortune. Veio para o Brasil com o marido integrando o corpo artístico da divisão brasileira do Office of Inter-American Affairs (OIAA). Esteve por aqui entre 1940 e 1943, e sua estadia foi patrocinada por esse escritório do Departamento de Estado, uma das primeiras agências de intercâmbio cultural dos Estados Unidos. Esse órgão tinha como função implementar a Política da Boa Vizinhança norte-americana na América Latina.

Naylor e seu marido Micha Reznikoff residiram no Rio de Janeiro, ficaram amigos de brasileiros ilustres, muitos dos quais foram ainda fotografados por Naylor, como Manuel Bandeira, Vinícius, Niemeyer, Aníbal Machado, Di Cavalcanti, Villa Lobos, Murilo Mendes entre outros.
Ela viajou extensivamente pelo Brasil, vivendo com muito sentimento o cotidiano das grandes cidades e do interior do país. Em sua galeria, se encontram fotos de intelectuais e artistas, a elite consumista das metrópoles brasileiras, o sindicalismo, a propaganda integralista e a sátira ao nazismo, favelados, e trabalhadores das grandes cidades e do campo.

Vinícius de Morais publicou esse comentário sobre o casal:
"Life é a única revista que eu conheço que distrai pela falta de assunto. A gente passa aquilo como criança passa livro de figuras, constatando rapidamente a aparição de uma curiosidade ou outra: ‘totó’, ‘neném’, ‘fon-fon’, e assim por diante. Mas é impossível resistir-lhe à fotografia. Quem por acaso, já teve ocasião de conhecer algum fotógrafo de Life, sabe perfeitamente disso. São criaturas de conto de fadas, capazes de lambuzar de caramelo toda uma ‘panzerdivisionem’, verdadeiros gênios do instantâneo, sabedores de todas as infantilidades da alma grande. Eu já conheci dois, sendo que em ambos senti esse mesmo adejamento endiabrado, uma mesma alegria de vaga-lume que vai queimando as suas lâmpadas sobre as coisas surpreendidas. Um deles é uma americanazinha adorável que se acha aqui no Rio. Genevieve se chama, mulher desse grande Micha que conquistou a nossa pequena cidade artística com a sua simpatia e sua sensibilidade plástica. Genevieve parece ter saído de uma história de Robin-Hood, com seu arzinho de jovem pajem, sua elegância bem colorida, uma pena sempre atrevidamente espetada no chapéu. Nada escapa, no entanto, à maquinazinha dessa enfeitiçada. Perto dela não há momento fotográfico que passe sem cair naquela arapuca bem armada. Genevieve dá um pulinho — e a vida ali ficou batendo asa na sua chapa impressionada."  (Jornal A manhã, Rio de Janeiro,1941)


                                                Mary Jane Russel, fotografada por Naylor em 1950

Naylor chega ao Brasil em outubro de 1940, e, para realizar seu trabalho como fotógrafa, precisou de um salvo-conduto assinado pelo diretor geral do Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, órgão censor e repressor das atividades culturais no Brasil nessa época. A morosidade da burocracia fez que o passe necessário só tenha sido emitido em 1942, como se registra no documento acompanhado de sua foto: “A senhora Genevieve Naylor, de nacionalidade norte-americana, trabalhando para o Coordinator of Inter-American Affairs, está autorizada por este departamento a tirar fotografias de aspectos turísticos de nosso país. Rio de Janeiro, 7 de junho de 1942”.

Naylor não tinha muitos recursos técnicos à sua disposição: uma câmera Rolleiflex e uma Speed Graphic, utilizando-se sempre de luz natural, sem filmes muito rápidos. Para compensar, ela contava com algo que destacou como uma característica especial: a boa vontade dos brasileiros. Numa de suas cartas ela diz: “O que ajuda é a absoluta cooperação dos brasileiros. Eles são tão naturais, tão espontâneos e afetivos, que a câmera simplesmente os adora”.


O Funileiro

A fotografia era para Naylor uma forma de expressar seu encantamento pelo mundo que a rodeava. A beleza de suas fotografias provinha do fato de que ela estava vendo tudo pela primeira vez. Ao contrário das fotografias teatralizadas do DIP, tipicamente de propaganda política, suas fotos registraram como o cotidiano poderia ser extraordinário. Ela achava os brasileiros simples e comunicativos. Imagine-se à época, uma estrangeira carregando uma grande câmera,vestindo roupas estranhas e sem muita habilidade para falar a língua nativa com pessoas que também não tinham muito contato com o exterior. Mesmo nessas circunstâncias, o resultado foi surpreendente. As pessoas fotografadas por Naylor aceitavam a sua presença, sem que esta atrapalhasse o que estavam fazendo, ou assumiam uma cumplicidade com a sua câmera.


Carnaval, 1941.


Sua estratégia era a de capturar a espontaneidade nas pessoas contribuindo para que as fotografias de Naylor tivessem uma singularidade, sem cair no estereótipo de apresentar seus personagens como exóticos.
Em suas fotos pode-se perceber um olhar apaixonado pelo Brasil, sentimento que não se perdeu ao longo dos quase três anos que permaneceu aqui. Suas viagens para o interior com Misha, realimentaram essa impressão inicial, a cada novidade que o Brasil lhe apresentava.

Genevieve Naylor retornou aos Estados Unidos em agosto de 1942. No início do ano seguinte, 50 de suas fotografias sobre o Brasil foram exibidas na exposição chamada “Faces and Places in Brazil”. A imprensa norte-americana a anunciou como complemento à exposição “Brazil Builds”, organizada com as fotografias de Kidder Smith, e ambas viajaram pelos Estados Unidos, marcando a aproximação entre os dois países.



Copacabana por Naylor

 
 
Fonte:
Ana Maria Mauad- Revista Brasileira de História



 
 
Izabel Liviski, e professora e fotógrafa, doutora em Sociologia pela UFPR, escreve a Coluna INcontros desde 2009 na Revista ContemporArtes.
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E apresentando: Extra Stout




Em primeiro lugar gostaria de dar meus parabéns a Ana Maria Dietrich, que faz aniversário hoje!!!
Tudo de bom pra ti, minha querida amiga!!!


Então... vocês sabem que sou músico, né? Não?!?! Pois então, toco numa banda de ska chamada Extra Stout.

O ska é um estilo de música que surgiu na Jamaica no final da década de 1950 e se fortalece com o processo de independência (1962), se tornando o primeiro ritmo nacional desse país.

Agregando elementos caribenhos - como o mento e o calipso - misturado com elementos da música yankee, como o jazz e o rhythm and blues. Seria momentaneamente jogado para segundo plano com a chegada do Reggae. E justo por ele, Bob Marley que com o The Wailers começaram tocando justamente o ska.

Na final da década de 1970 temos o resurgimento do ska, a chamada "segunda onda". Onde temos na Inglaterra a criação do selo Two Tone, combinando ao ritmo jamaicano (e aos próprios jamaicanos, visto que há um fluxo de imigração considerável), com o punk e a nem wave. The Beat, The Specials, The Selecter e Madness são os nomes que vem mais facilmente a cabeça para ilustrar o momento.

Um novo hiato nos leva para a década de 1990, onde temos a "terceira onda". Que tem como principal marca a fusão de bandas punks com o ska (leio isso como pegar a fórmula ao contrário da onda anterior). Ou então de bandas de jazz mesclando o ska ao seu som.

O Extra Stout faz um ska simples. Bebendo na(s) fonte(s) do ska jamaicano, mas mergulhando fundo no caldeirão de ritmos que o estilo fornece, principalmente o Two Tone com o soul e o funk.

A idéia da banda surgiu quando Caio Fortão, Axl Rude (os dois ex Skamoondongos) e o Rafael (Flicts), assistindo um show de uma banda de ska na noite paulistana percebem que falta algo mais: diversão. E é essa a proposta principal do Extra Stout (tipo de cerveja mais encorpada que tomavam enquanto confabulavam a idéia).

Em nosso sítio na internet temos mais informações:

Cantando a amizade, a atmosfera dos bares, as alegrias e as frustrações cotidianas de quem ama, trabalha e faz suas correrias, o EXTRA STOUT sustenta uma maneira libertária e libertina de encarar a vida, onde o racismo, a homofobia, a xenofobia, o sexismo e o separatismo não têm vez.


Os ingredientes dessa fina mistura são o Caio “Fortão” (ex-Skamoondongos), Cição no baixo, os guitarristas Giovano (ex-Grevisionários) e Marcos “Cabeça” (Agrotóxico), Raphael “Doddy” no saxofone, o baterista Rafael “Professor” (ex-Flicts) o trompetista Samir “Bravo”e a trombonista Vitória “Binx”.


Para ver nossa banda em ação anote aí:

Ska Stomper Fest II

21 / 08 / 2010 - 19h00
Local:
Hangar 110
Endereço: Rua Rodolfo Miranda, 110 - (11) 3229-7442 - Bom Retiro
Cidade: São Paulo/SP

Bandas
Pinguins Tropicais
Baboom
Extra Stout
Brasilites

DJs
Kaskata
Skataplá



mais
EXTRA STOUT:

Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=37834559

WordPress:
extrastout.wordpress.com

MySpace:
www.myspace.com/extrastoutska

Fotolog:
www.fotolog.com/extrastout

Aqui você ouve uma entrevista nossa na rádio Brasil 2000:

http://www.4shared.com/get/322133613/22049053/Programa_Skatapla_03.html;jsessionid=6A066A6AFD47791C17B46BE88AA78A6A.dc278




Discoteca básica:


Comunidade Sonora - Ska

Toots & The Maytals - 54-46 (was my number)
Alton Ellis - dance crasher
Skatalites - fidel castro
Bob Marley & The Wailers – hooligans
Derrick Morgan - the conqueror
Max Romeo & The Hippy Boys - clap clap
The Specials - monkey man
Madness - one step beyond
Toasters - a don't let the bastards grind you
Operation Ivy - sound system
Sublime - wrong way
Slackers - sarah
The Aggrolites - hot spot
Hepcat - i can't wait
Los Fabulosos Cadillacs - Cadillacs
Desorden Publico - esto es ska II
Satalite Kingston - pensándolo bien
Ska Cubano - cumbia en do menor
King Chango - venezuelan in new york
The Specials - do the dog
The Aggrolites - black lung
Slackers - have the time
The Reggae Boys - ba ba
Skatalites - ska ra van (caravan)
The Bunny Lee All Stars - annie pama
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Colunista da Contemporartes na Bienal


   
A colunista da Contemporartes e escritora Simone Pedersen lançará seu livro Vila Felina e outros voltados para o público infantil na 21a. Bienal de São Paulo que acontece a partir de 5a. feira (12) até dia 22 no Anhembi (São Paulo). Além de conhecer os sete lançamentos da autora, os participantes poderão fazer caricaturas ao vivo.  Veja as atividades e local no convite abaixo:


Confira as fotos do lançamento de Vila Felina na Livraria Cultura de Campinas.





Fotos lançamento por Geraldo Trombin
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Maioridade da Bienal do Livro de São Paulo.


O Evento Literário da Semana.
por Altair de Oliveira

Nesta quinta-feira (12/08/210) inicia a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a mais famosa feira de livros do país, que neste ano presta homenagem aos escritores Monteiro Lobato e Clarice Lispector, promete reunir mais de 700 mil visitantes.

A bienal do livro de São Paulo, que acontece no parque Anhembi em São Paulo de 12 a 21/08/2010, tem seus ingressos ao preço de 10 reais (a inteira) e 5 reais (meia), funcionará das 10:00 às 22:00 hs, porém no dia da abertura (12/08), o evento será aberto somente para os profissionais da àrea (livreiros).

Assim como a maioria das bienais do livro que acontecem no Brasil, a feira de São Paulo é um evento com fins lucrativos e é bancada por livreiros (editoras, livrarias e distribuidoras de livros). Portanto, ela é primeiramente um palco de negócios dos livros que estão disponíveis no mercado, antes de ser um palco da palavra ou um espaço para que escritores e poetas possam mostrar seus trabalhos. Como também no mercado editorial, a menos que pague por ele, a poesia e os autores independentes têm muito pouco espaço na bienal, que é hoje uma espécie de vitrine da literatura brasileira. Mesmo assim, ela é o maior acontecimento literário brasileiro e grandes livros e autores podem ser encontrados lá!



Da Programação da Bienal:

Para ver a programação completa da feira, por favor, visite o seguinte link, no site oficial da bienal: http://www.bienaldolivrosp.com.br/Programacao-Cultural/

Desta progração, destacamos 2 eventos, relacionados à poesia, os quais acreditamos que não devíamos perder:

1- dia 17/08, a partir das 17:00 hs, no espaço "Território Livre", o debate " Letra, música e poesia: o trabalho de escrever e compor." Com a participação de Toninho Horta, Fabrício Corsaletti, Wilson Sideral, Lobão, André Midani. Os participantes prometem desvendar as relações entre palavras e música e o universo de quem escolhe se dedicar a elas. Temos que conferir!

Nota: sobre este tema "música poética / poesia musicada" sugiro que prestem atenção também nas letras de músicas de artistas como Luís Tatit, Itamar Assumpção, Zeca Balero, Adriana Calcanhoto, Chico Buarque, Chico Cézar, Lenine e outros, E ainda nos poemas de Alice Ruiz e Paulo Leminski, etre tantos outros bardos musicais. Ou assistam ainda ao documentário "Palavra (En)Cantada", de Helena Solberg, com depoimentos que tratam o tema.


2- Sessão de autógrafos da poeta Flora Figueiredo:

Grande poeta da atualidade, Flora Figueiredo estará autografando seus livros "Florescência", "Calçada de Verão", "Amor a Céu Aberto", "Estações, Limão Rosa" no 14 de agosto, das 14 às 16 horas, no espaço da Editora Novo Século, entre as ruas M16/N17. Imperdível!





Alguns Poemas


FLUTUAÇÕES


O sonho aprendeu a pairar bem alto,

lá onde o sobressalto nem sequer nasceu.

Namorou a trôpega ilusão,

até que trêfego e desajeitado,

desprendeu-se de seu reino idealizado,

veio pousar tamborilante em minha mão.

Assim, aquecido e aconchegado,

parece que se esqueceu de ir embora.

Na hora em que ressona distraído,

eu lhe pingo malemolências ao ouvido,

à sua inquietação eu me sujeito.

Eis que o sonho dorme agora aqui comigo,

seu corpo repousa no meu peito.



Poema de Flora Fiqueiredo, In: "Amor a Céu Aberto".


***


MILÁGRIMAS


Em caso de dor ponha gelo

Mude o corte de cabelo

Mude como modelo

Vá ao cinema dê um sorriso

Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo

Se amargo foi já ter sido

Troque já esse vestido

Troque o padrão do tecido

Saia do sério deixe os critérios

Siga todos os sentidos

Faça fazer sentido

A cada mil lágrimas sai um milagre


Caso de tristeza vire a mesa

Coma só a sobremesa coma somente a cereja

Jogue para cima faça cena

Cante as rimas de um poema

Sofra penas viva apenas

Sendo só fissura ou loucura

Quem sabe casando cura

Ninguém sabe o que procura

Faça uma novena reze um terço

Caia fora do contexto invente seu endereço

A cada mil lágrimas sai um milagre


Mas se apesar de banal

Chorar for inevitável

Sinta o gosto do sal do sal do sal

Sinta o gosto do sal

Gota a gota, uma a uma

Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre

A cada mil lágrimas sai um milagre



Poema de Alice Ruiz, musicado por Itamar Assumpção.


***


DODÓI


Eu ando tão dodói

Mas tão dodói

Que quando ando dói

Quando não ando dói

Meu corpo todo dói

Tendão dói

Dedão dói

Pomo-de-adão dói

Ouvido dói

Libido dói

Fígado dói

Até meu dom dói

Pois quando canto

Não importa o tom dói


Composição de Luiz Tatit e Itamar Assumpção.


***


DESANDANÇAS

Sou desde cedo incompleto
perto de estar descontente
busco no todo e no sempre
tomar um tento do incerto.


Esgrimo por entre as gentes

conserto meus desconcertos
e eu tento, de todo jeito,
manter um sonho por perto…


Disfarço meus embaraços,

enfrento mil contratempos
Num tempo de pouco tempo
Contemplo o pouco que faço.


Mas inda trago esperanças

que a sorte um dia me alcance
onde, apesar de impedâncias,
eu possa dançar…e não dance!



Poema de Altair de Oliveira, musicado por Iso Fischer.




Ilustrações: 1- foto da fachada da bienal do livro de SP; 2- foto da poeta Flora Figueiredo; 3- capa do livro Chão de Vento, de Flora Figueiredo; 4- foto do compositor e cantor Itamar Assumpção (1949-2003).


Altair de Oliveira (poesia.comentada@gmail.com), poeta, escreve às segundas-feiras no ContemporARTES. Contará com a colaboração de Marilda Confortin (Sul), Rodolpho Saraiva (RJ / Leste) e Patrícia Amaral (SP/Centro Sul).
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Lançamento da ContemporARTES e Contemporâneos – Revista de Artes e Humanidades



A coluna Drops Cultural sempre traz lançamentos e eventos culturais interessantes, hoje, não seria diferente. Para aqueles que não puderam viajar para a Bahia no último final de semana e acompanhar de perto o V Encontro Estadual de História - ANPUH, a Drops conta como foi.

O encontro, que aconteceu no campus da Universidade Católica do Salvador entre os dias 27 e 30 de julho, tinha como tema: “História e Memórias: lugares, fronteiras, fazeres e políticas”. A ideia era que essa diversidade de temas proporcionasse um diálogo ampliado entre os pesquisadores de história.

Fazia parte da programação do evento, mesas-redondas, mini-cursos e lançamentos de livros. Bom, não só de livros, a ContemporARTES lançou sua edição nr. 15 e a Contemporâneos – Revista de Artes e Humanidades, que faz parte do mesmo grupo da ContemporARTES, também lançou sua edição número 6.

O lançamento da ContemporARTES e Contemporâneos ocorreu no dia 27 de julho e foi realizado pela Editora-chefe da revista, Drª Ana Maria Dietrich, mas também estavam presentes os colunistas da ContemporARTES, Cícero Barbosa e Duda Woyda.  A temática da edição número 6 era “Diálogos entre História e Literatura”. Além do lançamento das revistas, também estava sendo promovido o livro Caça às Suásticas - o partido nazista em São Paulo e a peça O melhor do Homem, com direção do colunista da ContemporARTES Djalma Thürer e atuação de Duda Woyda.

Veja mais fotos:

Chamada de artigos para o número 7:

A Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades (ISSN 1982-3231), qualificada pela CAPES e indexada pela Sumarios.org, comunica que está aberta a chamada de artigos para a sétima edição cujo dossiê tem como tema DILEMAS DA CONTEMPORANEIDADE - RISCOS E PERIGOS DA VIDA CONTEMPORÂNEA. Estaremos recebendo artigos, ensaios, entrevistas e resenhas até o dia 15.8.2010 pelo email revistacontemporaneos@gmail.com. Vejam abaixo as normas editoriais.


Normas Editoriais

A Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades é uma publicação eletrônica com ISSN 1983-3231, que tem como objetivo discutir a contemporaneidade, priorizando a interdisciplinaridade entre diversas áreas do conhecimento ligadas às artes e humanidades.


Esta revista tem periodicidade semestral e objetiva publicar artigos, resenhas, ensaios, entrevistas, opiniões e traduções. Além de documentos inéditos que mereçam ser divulgados.


As colaborações para a Contemporâneos devem seguir rigorosamente as seguintes especificações:

1. A simples remessa de texto implica autorização para a publicação e cessão gratuita de direitos autorais. Os conteúdos expressos nas contribuições publicadas por esse periódico são de exclusiva responsabilidade de seus respectivos autores.


2. Todas as contribuições deverão ser entregues em fonte Times New Roman 12, com espaçamento 1,5 entre as linhas e margens justificadas; em formatos compatíveis com o Word for Windows 2003 (arquivo DOC); e enviadas por e-mail (revistacontemporaneos@gmail.com), devidamente formatadas de acordo com estas Normas Editoriais. No assunto do email deverá constar o tipo de trabalho enviado (artigo, resenha, edição crítica ou opinião) seguido do título do referido trabalho. O Conselho Editorial acusará, por e-mail, o recebimento dos arquivos.


3. Todas as contribuições deverão vir acompanhadas de, no mínimo, três ilustrações. Além de ser enviadas em separado (aquivos JPG, 300ppi), estas ilustrações deverão ser inseridas no corpo do texto, em local escolhido pelo autor, devidamente numeradas e acompanhadas por legenda em Times New Roman 9, logo abaixo. As fontes dessas ilustrações deverão ser listadas em fonte Times New Roman 12, espaçamento simples, numeradas progressivamente em arábico, na ordem que aparecerem, sob o título de Fontes das imagens. Este item virá após o texto e antes das referências bibliográficas, respeitando a legislação em vigor. As fontes de imagens retiradas da internet podem ser achadas ao se clicar com o botão direito do mouse sobre elas e selecionar as “propriedades”.
Ex.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sanzio_01.jpg.


4. São publicados artigos em português e espanhol, originais e inéditos ou traduzidos. As traduções de artigos deverão vir acompanhadas do texto original e da autorização do autor do mesmo. Os artigos terão a extensão entre 10 e 25 páginas (incluindo referências bibliográficas), antecedidos por um resumo (no máximo 10 linhas) e de quatro palavras-chave. O título, resumo e palavras-chaves devem ser apresentados em português e em inglês.


5. Também são publicadas resenhas em português e espanhol. Poderão ser resenhados livros ou obras cinematográficas lançados no Brasil nos dois anos anteriores (contados a partir da apresentação da resenha), e no exterior nos quatro anos anteriores (contados da mesma forma). As resenhas terão a extensão entre 5 e 7 páginas. Para resenhas não são necessários resumo, palavras-chave nem bibliografia. O título deve ser apresentado em inglês e em português.

6. As entrevistas deverão ter extensão entre 5 e 10 páginas e vir acompanhadas da autorização do entrevistado(a). Devem começar com uma introdução (de no máximo 1 página) que contenha: uma pequena biografia do entrevistado(a) e descrição das circunstâncias (como se deu o contato, local e data) da entrevista. O título deve ser o nome do entrevistado (a). O subtítulo deve ser uma frase de efeito (entre aspas) encontrada na entrevista. Pode-se usar tanto a forma chamada “ping-pong”, com as tradicionais perguntas e respostas, como a forma de texto corrido, na qual as perguntas são retiradas e o texto segue uma lógica própria. Devem ser ilustradas por no mínimo 4 imagens, sendo que uma delas é a foto do entrevistado. (Com relação à inserção de imagens veja o item 3).

7. As opiniões publicadas na Seção Opinião devem ser textos de no máximo 1 página e no mínimo 1 parágrafo que respondam as perguntas elaboradas por essa revista seguidas pelo nome do autor da contribuição, pequeno resumo do currículo e de uma foto do mesmo.

8. O nome do autor da contribuição, com exceção das entrevistas e opinião, deverá estar em itálico, alinhado à direita, abaixo do título. Deve vir ligado a uma nota de rodapé com um pequeno resumo do currículo do autor (titulação, nome da instituição a qual se vincula e, caso tenha, nome da instituição que deu apoio financeiro para a elaboração da pesquisa) e email para contato. No caso de múltiplos autores, todos deverão apresentar tais informações.

9. Fora o caso anterior, as notas de rodapé deverão se restringir a observações sobre o texto, comentários críticos ou a tradução de textos citados em língua estrangeira. Deverão vir em espaçamento simples, numeradas progressivamente em arábico, na ordem que aparecerem, colocando-se os números em forma de expoente, com corpo menor.

10. As citações pouco extensas, de até três linhas, deverão ser transcritas entre aspas, intercaladas no texto. As de mais de três linhas deverão vir em parágrafo distinto, em fonte Times New Roman 10, espaçamento simples e recuo quatro, não devem estar em itálico nem entre aspas. Em ambos os casos, na indicação das citações deve constar o último sobrenome do autor (em caixa alta), a data de publicação e a página de onde foi transcrita, separados por vírgula e entre parêntesis. Ex.: “A cultura de massas produz certamente símbolos” (SANTOS, 2000, p.145).

11. É recomendável o uso de intertítulos e divisão entre introdução, desenvolvimento e apontamentos conclusivos.

12. ATENÇÃO: Somente os artigos apresentados dentro destas Normas serão analisados pelo Conselho Editorial. Este se limitará apenas a revisão ortográfica e gramatical nos textos a serem publicados. Caberá ao Conselho Editorial a decisão referente à oportunidade da publicação das contribuições aceitas.

13. As referências deverão ser listadas ao final do artigo, com o título Referências Bibliográficas, em ordem alfabética, espaçamento simples e seguindo a seguinte normatização (cf. ABNT-NBR 6023)



Ana Paula Nunes é jornalista, Pós-graduanda em Mídia, Informação e Cultura pela Universidade de São Paulo/USP. Coordenadora de Comunicação da Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades. Escreve aos domingos na ContemporARTES.
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