A imprensa brasileira de rock: Rock Brigade e Bizz (parte 3/4)


por Marcelo Pimenta e Silva


Rock Brigade e a imprensa heavy metal
Como vimos no artigo anterior, o Rock in Rio e a cobertura da Rede Globo ajudou a divulgar o universo da cultura heavy metal, porém a revista que era o principal informativo do universo “metaleiro” a Rock Brigade nasceu no início da década de 80. Fundada por jornalistas que, antes de mais nada, eram também fãs de bandas de heavy metal, a publicação nasceu como um fanzine. O informativo do fã-clube Rock Brigade de São Paulo passou a circular no ano de 1981. A resposta do público foi tamanha que a partir da segunda metade da década de 80, a Rock Brigade já era a ser uma das principais publicações do gênero no mundo.

O diferencial na publicação através dos anos foi contar com uma eficiente distribuição nacional. Aos poucos a revista ganhava mais páginas e logo passaria de um informativo com folhas de papel jornal em preto e branco para uma revista toda em cores. Essas mudanças gráficas que seriam perceptíveis durante os anos 80, até o começo da década de 90, resultaram num aumento de anunciantes, a maioria composta por gravadoras e lojas de discos. Contudo, a Rock Brigade não ficaria restrita ao mercado editorial, ainda na década de 80, nascia a Rock Brigade Records, selo fonográfico que tinha a função de distribuir discos de grupos estrangeiros e lançar inúmeras bandas de heavy metal do país. Inúmeros grupos tiveram seus primeiros lançamentos produzidos e distribuídos pela Rock Brigade Records.

Na década de 90, a Rock Brigade era a principal revista de rock e heavy metal do Brasil. Contava com diversos correspondentes no exterior e abria espaços para outras revistas segmentadas dentro do nicho da imprensa musical. Top Rock, Dynamite, Metalhead, Valhalla, entre outras foram algumas das principais publicações da década de 90 e da década 00 que surgiram a partir do sucesso da Rock Brigade.



Bizz: um marco para a música pop nacional
A Bizz nasceu em um período único na história cultural do país, onde com maior liberdade social houve a ascensão do rock nacional como música popular. Com essa nova perspectiva dentro de uma indústria cultural consolidada, a Abril planejou lançar no mercado uma publicação mensal nos moldes das já consagradas Rolling Stone, Melody Maker, New Music Express (NME). A Bizz foi às bancas com uma bem definida estratégia de intenção e entendimento comercial, algo diferente de outras publicações anteriores, que na maioria dos casos foram efêmeras.

Durante o Rock in Rio de 1985, a Editora Abril encomendou uma pesquisa de mercado tendo como fonte o público que estava no evento. Nessa enquete havia perguntas sobre bandas prediletas; o tipo de publicação musical que gostariam de ler, entre outras questões que deram respaldo para que a Abril publicasse alguns meses depois, uma revista que voltada ao cenário da cultura pop. (Brunello, Borges e Takahashi, 2005).

A revista teve sua primeira edição publicada em agosto de 1985 e surgiu para atender uma demanda existente após a constatação que havia um mercado a ser explorado. Um grande consumo de produtos para a faixa etária dos jovens, que ia de vestimentas a aparelhos de som e vídeo; o aumento de público em shows nacionais e internacionais; a crescente venda de discos, além da revolução causada pelo videoclipe, fez com que a Editora Abril planejasse um veículo que pudesse suprir as necessidades desse público ávido por consumir informações sobre o mundo musical e cultural, além de atender a proposta do mercado editorial. (Brunello, Borges e Takahashi, 2005).

Com periodicidade mensal, linguagem adaptada à atual geração jovem, estilo gráfico moderno, material inédito que não se resumisse em biografias “requentadas” de “dinossauros” dos anos 60 e 70, mas matérias realizadas por jovens jornalistas que tinham especialização em crítica musical e cultural. A revista, além de contextualizar suas pautas com a produção do cenário brasileiro, soube captar essa mudança de perfil no jovem brasileiro, o que fez com que a publicação fosse um sucesso de vendas por mais de dez anos, tendo uma tiragem de cerca de 50 mil exemplares. Sem concorrentes na época, a Bizz tornou-se, de fato, o maior expoente como veículo impresso em jornalismo musical.


Referências bibliográficas:

BISSIGO, Luís. E assim se passaram 20 anos. Jornal Zero Hora. 19/01/2005. Porto Alegre. P. 6 e 7.

BRUNELLO, Aline Viviani; BORGES, Maria Fernanda Duarte Guimarães; TAKAHASHI, Vivian Cristina Bezerra. A Revista Bizz/Showbizz no jornalismo musical brasileiro da década de 90. Monografia de conclusão de curso de jornalismo da Universidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Disponível em: http://www.unaerp.br/comunicacao/i. Acesso em 28 de agosto de 2009.

FIGUEIREDO, Alexandre. A volta por cima. Observatório da Imprensa. Disponível em: http://observatorio.ultimosegundo.ig.combr/artigos.asp?cod=358JDB003. Acesso em: 17de julho de 2008.

GUIMARAENS, Edgar. Algo sobre Fanzines. Disponível em: http://kplus.cosmo.com.br/materias.asp?co+4. Acesso em: 22 de setembro de 2009.

MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos. 2 ed. Rio de Janeiro. Editora Forense Universitária, 1998.



Contribuição do leitor Marcelo Pimenta e Silva, natural de Bagé/ Rio Grande do Sul, nascido em 11 de outubro de 1979. Jornalista pela Universidade da Região da Campanha – Urcamp, atua como assessor de imprensa e pesquisador. E escreve artigos sobre política e cultura em geral.
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Bom conselho (?)


Bom conselho (?)
(A partir de “A alma imoral”, de Nilton Bonder)

As posturas reacionárias são as que afirmam que, para cada situação e momento, há um “bom e correto” absoluto. As posturas revolucionárias, por sua vez, afirmam que “bom” e “correto” são inconciliáveis. Em posturas menos radicais, reconhece-se que a arte de viver é compreender quando o “bom e correto aos olhos da moral” é mais “bom” do que “correto”, ou mais “correto” do que “bom”. Duas coisas ficam comprometidas pela ausência de transgressão: a qualidade de vida e a possibilidade de continuidade.
A transgressão das próprias convicções é o maior desafio lançado ao ser humano que deseja evoluir, pois ele terá de sair de sua cômoda posição para a luta, que é um processo instável em busca de um novo equilíbrio. Trair a nós mesmos e nos surpreendermos conosco é algo de grande força.

Na trajetória da sobrevivência – e também da nossa profissão - , a “mesmice” muitas vezes é o caminho curto, o mais simples, e, também, o que tem os custos mais elevados, é o curto caminho longo. Ir pelo caminho mais simples e mais curto é uma lei evolucionista, o ser humano tende a se mover na direção mais imediata e curta. Porém as chances de sobrevivência dos que percorrem este caminho são bem menores, normalmente são sobreviventes aqueles que optam pelo longo caminho curto.

As encruzilhadas que a vida nos traz são de grande importância, elas são mais que meras opções de acesso pelo longo caminho curto ou pelo curto caminho longo, são opções de sobrevivência, onde o curto caminho longo pode não levar a lugar algum.
Viver exige sacrifícios, mas devemos ter cuidado para não nos sacrificarmos ao nada. Não podemos temer o que os outros irão pensar. Não devemos temer nossa própria auto-imagem, pois esta, tal como nossa moral, é um instrumento do corpo que não aceita se ver em “outro” corpo. A vida saberá nos julgar não apenas pelas “perversidades” que acreditamos poder evitar, mas também pelas “tolices” que nos permitimos.

Aquele que não faz uso de todo o potencial de sua vida, de alguma maneira diminui o potencial de todos os demais. Se fôssemos todos mais corajosos e temêssemos menos a possibilidade de sermos perversos, este seria um mundo de menos interdições desnecessárias e de melhor qualidade.
Construir algo é saber destruí-lo a seu tempo. Somente no dia em que a traição não ferir o traído ou a tradição, mas despertar ambos para novas possibilidades que se descortinam através dela surgirá um mundo muito além da tolerância – um mundo de apreciação.

Como eu estou fazendo aqui com vocês, dividido, tensionado entre essas duas forças antagônicas, entre meu corpo e minh’alma querendo surpreender-me. Porque só surpreendendo-me posso (co)mover o outro.


Djalma Thürler é Cientista da Arte (UFF-2000), Professor do Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Cultura e Sociedade e Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA. Carioca, ator, Bacharel em Direção Teatral e Pesquisador Pleno do CULT (Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura). Atualmente desenvolve estágio de Pós-Doutorado intitulado “Cartografias do desejo e novas sexualidades: a dramaturgia brasileira contemporânea dos anos 90 e depois”.
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E no Carnaval de Salvador é assim!!!



Canção: We Are The World Of Carnaval Original 1988
Grande Elenco
Fotos: E no Carnaval de Salvador é assim!!! (março/2011)
Duda Woyda

Ah, que bom você chegou
Bem-vindo a Salvador
Coração do Brasil


Vem, você vai conhecer
A cidade de luz e prazer
Correndo atrás do trio


Vai compreender que o baiano é
Um povo a mais de mil


Ele tem Deus no seu coração
E o Diabo no quadril


We are Carnaval
We are folia
We are the world of Carnaval
We are Bahia






DUDA WOYDA, ator, com experiências no Paraná e Rio de Janeiro, cidade com a qual mantem contatos profissionais. Integra a CIA Ateliê Voador e a CIA Teatro da Queda. Pesquisa questões relacionadas ao teatro físico e a sua relação entre dramaturgia corporal e teatralidade, priorizando a multidisciplinaridade. dudawoyda@yahoo.com.br
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Arte e o desenvolvimento humano


Hoje ao pensar na importância da arte para a sociedade, me veio à cabeça uma canção que faz menção a esse assunto; a composição de João Bosco e Aldir Blanc que ficou famosa na voz de Elis Regina: "a esperança equilibrista, sabe que o show de todo artista, tem que continuar..." A capacidade da arte não só de trazer a tona uma expressão mais pura do indivíduo, mas de transformar a realidade ao redor já foi explorada por diversos estudiosos.





No mundo atual, regido pela sociedade da informação e cultura de massa, a arte traz elementos perdidos nesse processo massificador, ela privilegia o indivíduo, sua sensibilidade e conscientização de sentidos tornando a vida mais gratificante.


Herbert Read (1982) afirmou que há atividades intrínsecas a uma educação estética. Na observação, o indivíduo pode mostrar suas impressões sensíveis, elaborar sua memória e construir objetos que o auxiliem nas atividades práticas. Segue-se a expressão pessoal, pela qual o ser humano comunicaria seus pensamentos, sentimentos e emoções. Por último, estaria a atividade crítica, uma resposta do ser humano aos valores, informações e expressões que o mundo lhes dirige. 

O resultado da união entre educação e arte são indivíduos mais críticos, valorizados do ponto de vista humanístico, intelectual, moral e estético e principalmente, integrados, ao grupo social.
Paulo Freire, nesse mesmo sentido, enfatiza a capacidade transformadora da arte do mundo que a rodeia, dada sua capacidade de não só captar a realidade, mas expressá-la por meio de linguagens criadoras.


Segundo Herbert Read, a arte e a educação são dois conceitos indissociáveis, sendo que a primeira deveria ser a base da segunda como um todo. Na mesma linha, Platão afirma que “uma educação estética é a única educação que dá harmonia ao corpo e enobrece a alma (PLATÃO apud OSINSKI, 2002). Tais autores não vêem distinção entre ciência e arte, sendo a primeira a explicação de uma realidade e a segunda a expressão desta. Unir educando pela arte seria uma estratégia muito bem sucedida uma vez que há a preservação orgânica do homem e de suas faculdades mentais, respeitadas as diversas faces do desenvolvimento humano (READ, 1982). 


A arte integra e seus modos de expressão que passam pela poesia, música, teatro, cinema, artes plásticas, formam uma abordagem global de uma educação estética, baseada na consciência, raciocínio e inteligência dos seres humanos.


E que o show de muitos artistas em suas múltiplas tarefas de observar, expressar e criticar continue encantando a humanidade e a lembrando - a cada momento - mais humana.


Uma reflexão mais aprofundada dessas questões podem ser encontradas na obra abaixo.
OSINSKI, Dulce. Arte, História e ensino - uma trajetória. São Paulo: Cortez, 2002. 

O Bêbado e o equilibrista


Veja uma interessante análise da letra no blog do leandro.


INFORMES


1. X Encontro Regional Sudeste de História Oral - Inscrições prorrogadas


Chamada para trabalhos – Prazo prorrogado até 30 de março de 2011
 As inscrições para apresentação de trabalhos no IX Encontro Regional Sudeste de História Oral foram adiadas até o dia 30 de março de 2011, devido ao período de férias e Carnaval. Professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação e graduação podem enviar sua proposta para o evento seguindo as instruções disponíveis no site do encontro.
O Encontro, que em 2011 tem lugar na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, com promoção da Associação Brasileira de História Oral – Regional Sudeste, tem seu foco central na discussão dos desafios contemporâneos da história oral, em seus aspectos teóricos, metodológicos e temáticos.
Após um importante período de difusão da metodologia da história oral – que incluiu longos debates sobre as vantagens, os problemas e a legitimidade do uso de fontes orais em diferentes disciplinas –, ela parece estar plenamente consagrada como um valioso recurso para variados estudos sobre o presente. Diante disso, o tema Diversidade e Diálogo coloca em pauta as conquistas consolidadas da história oral no Brasil, bem como seus novos desafios na era contemporânea.


Confira os GTs, maiores informações, e envie sua proposta pelo site:








2. Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades recebe artigos até 15 de março

Já está aberta a chamada de artigos para o dossiê Minorias e suas Representações, que receberá textos para avaliação até o dia 15 de março de 2011. Para ler os textos e ficar por dentro das normas editoriais de submissão de artigos, acessem: http://www.revistacontemporaneos.com.br






3. Lançamento de livro






4. Todas as musas lança dossiê Cinema e Literatura
Lançamento da Todas as Musas (ano 02 número 02), com o Dossiê Literatura e Cinema.  A nova edição, assim como as anteriores, está agora disponível também  em formato IMPRESSO e pode ser adquirida por e-mail ou direto no site, na Livraria Virtual da Editora. Também nessa livraria, você vai encontrar primeiro livro publicado pelo selo Calíope (linha editorial ficcional) da Editora Todas as Musas, Experiências com Haicai, de Danielli Rodrigues Violante. 






Ana Maria Dietrich
Editora-chefe da Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades
Coordenadora da Contemporartes - Revista de Difusão Cultural
Laboratório de Estudos e Pesquisas da Contemporaneidade
Núcleo de Ciência, Tecnologia e Sociedade - UFABC
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Des- União Nacional dos Estudantes onde poucos são Unidos






Des- União Nacional dos Estudantes

por: Aline Serzedello Vilaça

Sob o sol escaldante da cidade maravilhosa, de um janeiro absurda e tragicamente chuvoso em toda região serrana, estávamos eu e minha fiel parceira de planos malignos que se atende por Mayara, em uma série de situações que nos posicionava:

um tanto quanto de gaiato numa “festa estranha, com gente esquisita”, parcialmente comprometidas com a chapa “Viração” atual gestora do DCE- Diretório Central dos Estudantes- da Universidade Federal de Viçosa onde carinhosamente estudamos, e plural/ indiretamente na contradição de estar com os dois pés flutuantes na articulação de esquerda da juventude do PT- Partido dos Trabalhadores-

Quando, o mais próximo da verdade ou da não mentira, estávamos apenas querendo saber qual era a organização política artística que encontraríamos na Bienal da UNE que seria na semana seguinte ao CONEB, encontro qual já estávamos como descrevi acima, mas ingenuamente acreditamos que sendo a Bienal da UNE após o CONEB, nos parecia lógico que seria O LOCAL da revolução artística, mesmo por que parecia que estávamos embarcando em um 13º Conselho Nacional de Entidades de Base, proposto pela União Nacional dos Estudantes que em seguida proporcionaria uma Bienal de Artes e Cultura para milhares de pessoas.

Tais palavras em negrito: Conselho, União, Nacional, Estudantes, Arte, Cultura, pareciam por si só representar uma milagre:

- o enfim entendimento que os estudantes em união têm o poder de participar e gerir um conselho que reflete a base e age social e politicamente munido também de arte e cultura.

Doce Ilusão,

Sem tanto drama, não foi tanta ilusão assim...

Bom, o caso é que no verão apetitoso do Rio de Janeiro,

Chegamos ao 13º CONEB da UNE, um dos principais fóruns de discussão do Movimento Estudantil brasileiro, reunindo milhares de CAs e Das de todo o país. Acreditamos que este CONEB possui um papel estratégico: articular o Movimento Estudantil para incidir de forma unitária e com muita força sobre as reitorias e o governo Dilma, defendendo um projeto de Educação Democrática e Popular, voltado para a Transformação Social. (Manifesto ao 13º CONEB – Vamos Reconquistar a UNE – Para a LUTA e para os/as ESTUDANTES pág 1.)

Estas palavras da tese da Reconquistar, uma das chapas (como Barricadas, Coletivo Construção, Quizumba, Rebele-se entre outras) que apresentam teses em oposição a atual, como já disse na coluna passada, curiosa gestão atual da UNE.

A não ilusão provém do fato de termos visto muitos estudantes apaixonados pelas diversas causas estudantis e com a sociedade brasileira. Muitos dispostos de fato a refletir a cerca da possibilidade de uma Universidade democrática e popular, de um PNE- Plano Nacional de Educação que realmente contemple as reais necessidades da população, lutando pela formação integral do estudante universitário que esteja permeada pelo ensino de qualidade, pesquisa e extensão preocupado com as possibilidades de transformação social. Vimos estudantes engajados em combater as opressões a frente do movimento Negro, Indígena, LGBTT, Mulheres etc. Observamos fanáticos e outros mais realistas dispostos a mudar a UNE.

Outros ainda dispostos a lutar pela reforma agrária, reforma urbana, pelos 10% do PIB para educação. E claro, para nos entristecer e confirmar a parte da ilusão, vimos uma maioria não politizada, despreocupada, des unida, alienada e sem o mínimo de vontade de conhecer ou tentar entender a dimensão do evento que participavam.

E obviamente, para completar a triste ilusão, vimos aqueles, amigos partidaristas, e mais aqueles que mais uma vez vou caracterizar como figuras interessantes, que no mínimo agem de maneira curiosa fazendo da UNE trampolim ruma à Brasília.

Por fim,

Permanece a pergunta, quando os atores que se entendem como OS POLÍTICOS, do movimento no Brasil, vão entender que Arte é Política e parar de pensar que política é apenas economia,

Ou melhor,

Quando que a Arte vai parar de ser silenciada colocada apenas como entretenimento,

Ou melhor ainda,

Quando os Artistas vão tomar o poder da UNE?

Bom, na próxima coluna prometo fechar este assunto CONEB, vou comentar o que mais me inflamou e já cito claro que foi a ocupação dos morros, os meninos do Rio, e meu encontro com Abdias...

Até mais,

SerzeVilaça





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A GRANDE POETISA QUE VIROU NOME DE GRUPO LITERÁRIO





Nascida em Araras, interior de São Paulo, Nelly Rocha Galassi viveu infância na capital, onde aos dez anos, estimulada peo seu pai – o jornalista e poeta Joaquim Rocha Júnior – passou a conviver com o encanto das palavras transformadas em poesias e também se fez poeta.





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Viçosa de perfil - venha conhecer!!!

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Quem nunca teve uma boa história para contar? O livro Viçosa de Perfil nasceu dessa forma, através de boas histórias vividas por grandes personagens viçosenses e contadas por alunos da Comunicação Social da Universidade Federal de Viçosa.A produção do livro foi feita durante a disciplina “Jornalismo Biográfico” onde nós, então estudantes do curso, deveríamos elaborar como atividade conclusiva um perfil sobre algum morador da cidade. A escolha ficaria a critério dos autores, através de afinidade ou mesmo admiração.

E foi com o sentimento de admiração que eu bati na porta de Francisca Alves da Silva, conhecida em Viçosa como Dona Chiquinha, a contadora de histórias que emociona crianças e adultos durante suas oficinas e apresentações. A admiração surgiu durante uma apresentação feita em uma praça onde eu estava presente. A história e a maneira como ela a contou me emocionaram. Depois disso, não poderia escrever sobre nenhuma outra pessoa.

O perfil “A menina mais elegante da rua” ganhou vida depois de algumas horas de gravação e duas tardes agradáveis na casa da Dona Chiquinha, que como uma boa mineira não me deixou sem café ou mesmo algum quitute entre uma conversa e outra.
O perfil da cidade: vista do campus da UFV.
 
“Depois de sair do colégio interno, a garotinha de cachinhos dourados já estava crescida, e zomo toda adolescente, tinha os seus caprichos. Roupas, só as copiadas de revistas com modelos iguais às de artistas. Ela foi uma das primeiras a sair com os famosos vestidos tubinhos, no começo apenas usados por celebridades. E por causa dessa vaidade toda, passou a ser chamada de ‘a menina mais elegante da rua’.” [Trecho retirado do perfil A menina mais elegante da rua]


Além da história de Dona Chiquinha, o livro traz o perfil de mais 12 personagens viçosenses, entre eles, o ex-prefeito Raimundo Nonato e um dos mais conhecidos donos de bar, o Capelão. O livro tem uma tiragem de 1000 exemplares e está a venda no Departamento de Comunicação Social pelo valor de R$ 10 reais que será revertido para o próprio departamento.

Mais informações:
Livro “Viçosa de Perfil”
Telefone: (31) 3899-4502 _ falar com Helen Freitas

Ana Paula Nunes é jornalista e  pós-graduanda em Mídia, Informação e Cultura pela Universidade de São Paulo. Coordenadora de Comunicação da Contemporâneos  - Revista de Artes e Humaidades e escreve aos domingos na ContemporARTES.
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