DANUZA LEOA...
Gosto da Danuza Leão. Gosto muito. Sou fã de
carteirinha dela. Gosto do que ela escreve, da maneira como se comporta e de quem ela é. Sou assinante da Revista Claudia há bastante
tempo e uma das primeiras coisas que lia, ao abrir a revista era a crônica da
Danuza.
Quando mudou a colunista, confesso que fiquei chateada. Agora quando a
revista chega, não corro para abri-la, perdi um pouco do entusiasmo. Para mim,
Danuza é uma baita escritora. Ela consegue como poucas descrever esse mundo tão
subjetivo e único, o mundo feminino. Seus textos divertidos, leves, profundos e
reflexivos me ajudaram muito a pensar sobre a mulher.
Já tinha lido
os livros da Danuza e num impulso, movida pela tristeza de saber que não teria
mais suas crônicas na revista, comecei a ler novamente. O primeiro que peguei
foi Quase Tudo, suas memórias. Com
seu estilo único, o texto de Danuza é cativante. Suas memórias são incríveis.
Danuza viveu (e vive) uma vida extraordinária.
Danuza é uma mulher forte,
guerreira, corajosa e autêntica. Em suas memórias, mostra-se inteira. Em algumas
partes do livro você ri com ela. Em outras, chora. Reproduzo, abaixo, apenas um
trecho do livro, lindamente escrito, sobre o encontro mágico entre um homem e
uma mulher.
Em alguns segundos esqueci do que lembrei a vida
inteira: que é preciso saber quem é o outro, o que faz, onde mora, estado
civil, classe social. Ele tinha razão: estávamos sós, por que não podíamos
ficar juntos? Afinal, a vida pode ser simples. (...). Não houve preâmbulos, não
dissemos nossos nomes nem contamos nossas
vidas. Aconteceu o que era para
acontecer, e às sete da manhã, quando saí, ele dormia. Pedi ao porteiro, que
ainda era o da noite, que abrisse a porta do meu quarto. Quando acordei, às
duas da tarde, mal acreditei no que tinha acontecido. Voltei ao mesmo café,
pedi um vinho e pensei: quando um homem deseja muito uma mulher, esse desejo
pode despertar o desejo dela. E mais: quando isso acontece, não há nenhuma
razão para que os dois resistam à pulsão da vida. Pensei também que poucos
homens compreendem as mulheres; não sabem que muitas preferem ser desejadas a
ser amadas (LEÃO, 2005, pg. 218-219).
Se você ainda não o livro, eu recomendo. Para as
mulheres, para se fortalecerem e para os homens, para
compreenderem um pouco do que é ser mulher. Eu disse no começo que eu gosto da Danuza Leão.
Quero retificar: Eu não gosto não. Eu ADORO. Danuza é uma inspiração para mim. E
pela sua força e coragem, deveria se chamar DANUZA LEOA.
2 comentários:
Muito bom, Vanisse.
22 de dezembro de 2015 às 09:55Compartilho com vc, minha admiração pela 'leoa' Danuza...
abraço.
Realmente uma mulher forte e decidida. Gostava muito da irmã dela, a Narinha.
22 de dezembro de 2015 às 14:35Postar um comentário
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