sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

DANUZA LEOA...






Gosto da Danuza Leão. Gosto muito. Sou fã de carteirinha dela. Gosto do que ela escreve,  da maneira como se comporta e de quem ela é.  Sou assinante da Revista Claudia há bastante tempo e uma das primeiras coisas que lia, ao abrir a revista era a crônica da Danuza. 


Quando mudou a colunista, confesso que fiquei chateada. Agora quando a revista chega, não corro para abri-la, perdi um pouco do entusiasmo. Para mim, Danuza é uma baita escritora. Ela consegue como poucas descrever esse mundo tão subjetivo e único, o mundo feminino. Seus textos divertidos, leves, profundos e reflexivos me ajudaram muito a pensar sobre a mulher.




 Já tinha lido os livros da Danuza e num impulso, movida pela tristeza de saber que não teria mais suas crônicas na revista, comecei a ler novamente. O primeiro que peguei foi Quase Tudo, suas memórias. Com seu estilo único, o texto de Danuza é cativante. Suas memórias são incríveis. Danuza viveu (e vive) uma vida extraordinária. 



Danuza é uma mulher forte, guerreira, corajosa e autêntica. Em suas memórias, mostra-se inteira. Em algumas partes do livro você ri com ela. Em outras, chora. Reproduzo, abaixo, apenas um trecho do livro, lindamente escrito, sobre o encontro mágico entre um homem e uma mulher.

Em alguns segundos esqueci do que lembrei a vida inteira: que é preciso saber quem é o outro, o que faz, onde mora, estado civil, classe social. Ele tinha razão: estávamos sós, por que não podíamos ficar juntos? Afinal, a vida pode ser simples. (...). Não houve preâmbulos, não dissemos nossos nomes nem contamos nossas vidas. Aconteceu o que era para acontecer, e às sete da manhã, quando saí, ele dormia. Pedi ao porteiro, que ainda era o da noite, que abrisse a porta do meu quarto. Quando acordei, às duas da tarde, mal acreditei no que tinha acontecido. Voltei ao mesmo café, pedi um vinho e pensei: quando um homem deseja muito uma mulher, esse desejo pode despertar o desejo dela. E mais: quando isso acontece, não há nenhuma razão para que os dois resistam à pulsão da vida. Pensei também que poucos homens compreendem as mulheres; não sabem que muitas preferem ser desejadas a ser amadas (LEÃO, 2005, pg. 218-219).

Se você ainda não o livro, eu recomendo. Para as mulheres, para se fortalecerem e para os homens,  para compreenderem um pouco do que é ser mulher. Eu disse no começo que eu gosto da Danuza Leão. Quero retificar: Eu não gosto não. Eu ADORO. Danuza é uma inspiração para mim. E pela sua força e coragem, deveria se chamar DANUZA LEOA.





Vanisse Simone Alves Corrêa é doutoranda em Educação pela UFPR, professora pela UNESPAR e colunista da Planetário.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, Vanisse.
Compartilho com vc, minha admiração pela 'leoa' Danuza...
abraço.

22 de dezembro de 2015 às 09:55
Francisco Cezar de Luca Pucci disse...

Realmente uma mulher forte e decidida. Gostava muito da irmã dela, a Narinha.

22 de dezembro de 2015 às 14:35

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