quarta-feira, 11 de maio de 2016

Bomba que dá


A cidade de São Paulo sofreu, e sofre ainda hoje, com o colapso do abastecimento de água. Não pensamos muito nisso, mas viver em conglomerados humanos pode ser uma armadilha...

É para assegurar o fornecimento de água em caso de emergência que a cidade de Berlim mantém espalhadas pela cidade cerca de 2100 bombas manuais de água, potável ou não, que são independentes das malhas da rede de abastecimento. A água vem direto de baixo da terra.

O sistema de bombas existe há mais de 200 anos e não abandoná-lo, mesmo após a construção de uma rede de abastecimento foi uma sábia decisão. Comprovada em 1943, durante a 2. Guerra, quando as bombas salvaram os seus moradores.



Dois terços delas oferecem água potável, o que é controlado regularmente. No Verão são uma opção para as crianças e, por que não?, para os adultos brincarem e se refrescarem. Afinal para a bomba não secar é preciso colocá-la em funcionamento.



As mais antigas são exuberantes, os modelos mais novo um pouco mais simples, os últimos de uma simplicidade de dar dó. Nas mais antigas, cabeças de dragões, de cegonhas ou peixes cospem água e os detalhes das peças são fantásticos. Pode-se passar um bom tempo observando e descobrindo figuras e desenhos.





Com a divisão da cidade o lado ocidental, cercado, manteve suas bombas como garantia do abastecimento. O lado oriental acabou por esquecer-se delas e por isso hoje nesta parte da cidade elas são poucas e boa parte mais modernas e simples.



Estas bombas, apesar de discretas na paisagem da cidade também são um marco dela. Em 1983, na Alemanha ocidental, foram "homenageadas" em estampas de selos. Fui dar uma volta nas redondezas de casa para saber onde poderia haver alguma. Encontrei 3, uma delas com água não potável, outra com água potável - tinha acabado de ser usada - a última, infelizmente, não funcionou... 

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