Audiovisual como recurso pedagógico: Ilha das Flores

Apesar do tempo corrido para trabalhar o conteúdo previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de forma que gere uma grande assimilação do mesmo, um dos recursos que mais gosto de trabalhar na escola é o audiovisual. 
Este bimestre trabalhei com algumas séries e salas o documentário de curta-metragem, intitulado Ilha das Flores, de Jorge Furtado:
O
 encerramento do vídeo para a turma do 3º termo da EJA foi acompanhada 
de aplausos. Depois da exibição, fizemos uma roda de conversa e, em maioria, puderam observar a existência de diferentes classes sociais. Pedi para eles fazerem uma reflexão sobre filme+debate e 
escreverem suas observações. 
| Essa charge é resultado da Oficina EDUHQ e trata da desigualdade social. Fonte: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/lixo.jpg | 
Giovanna Gama (3º C, Ensino Médio) percebeu que de um lado a situação era estável: do agricultor e da dona de casa que vai as compras, depois faz a seu próprio molho a partir dos tomates que veio do campo; do outro o filme mostra as pessoas que vivem precariamente, em situação desumana sobrevivem consumindo restos de comidas encontrados no lixão localizado em Porto Alegre. 
O aluno Fábio (3º Termo) relatou que primeiro sentiu uma vontade de rir, depois ele pensou melhor e percebeu que o vídeo passava uma mensagem muito importante. Comenta sobre como o diretor conseguiu mostrar o funcionamento da sociedade através do percurso do tomate (plantio-mercado-consumo-lixo-consumo). Dá maior enfâse ao falar da Ilha das Flores e concluí que aquilo que as vezes não tem valor para uns, para outras pessoas tem muito.  
Érica Alves (2º C) comentou que na Ilha das Flores há poucas flores e muito lixo. Diz ter aprendido uma lição com o documentário, pois reclamamos e disperdiçamos muitas coisas que ainda são úteis para muita gente, assim trata a respeito das pessoas pobres, que para sobreviver consomem o resto de tudo e de todos.
Thamires Elias da Silva (3º C) em sua redação aprofunda mais a reflexão ao explicar que todo o lixo da cidade é jogado na Ilha das Flores e que lá residem famílias muito pobres. Quando o criador de porcos compra as verduras do lixo que foi jogado pelas pessoas da cidade, ele e seus ajudantes seraparam o que o porco podem consumir, ou seja, o que está em melhor estado. Depois disso, com o que sobra do lixo as famílias podem pegar para se alimentar, sendo que cada pessoa tem alguns minutos para pegar e assim pega o que consegue. Conclui que é uma realidade triste e que as autoridades fingem não enxergar, as pessoas ricas ignoram esta situação e a mídia cruza os braços.
No geral, todas as atividades tiveram um tom voltado a reflexão a respeito da desigualdade social existente mesmo com a capacidade do ser humano de pensar. Por outro lado, tiveram aqueles sujeitos que não tem o costume de pensar e escrever, que copiaram da internet seus trabalhos, porém vou trabalhar para tentar melhorar isso (se eles quiserem)...   
E quem ainda não assistiu, aproveite para ver, refletir e, sobretudo, lutar para transformar esta situação onde o rico cada vez fica mais rico, e o pobre...come lixo.
 Soraia Oliveira Costa,
 mestra em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais 
Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). 
Professora de Sociologia e Filosofia na Educação Básica e na Educação de
 Jovens e Adultos no Estado de São Paulo.  Tutora em Educação de 
Direitos Humanos, UFABC/UAB. Trabalha também com audiovisual desde 
meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos",
 que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do 
MEC/SESu, UFABC e FSA. Nas horas vagas estuda música, toca acordeon e 
joga futebol.
Soraia Oliveira Costa,
 mestra em História da Ciência pela UFABC e graduada em Ciênciais 
Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). 
Professora de Sociologia e Filosofia na Educação Básica e na Educação de
 Jovens e Adultos no Estado de São Paulo.  Tutora em Educação de 
Direitos Humanos, UFABC/UAB. Trabalha também com audiovisual desde 
meados de 2007. Produtora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos",
 que trata da história vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do 
MEC/SESu, UFABC e FSA. Nas horas vagas estuda música, toca acordeon e 
joga futebol.  
 
 
 
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