quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nova fase e integrantes Neblina Sobre Trilhos




Ainda em fase incipiente, iniciamos o processo de elaboração do livro. Alguns alunos da UFABC (Heitor Glauber, Fernanda Furtado e Felipe Senna) estão realizando a transcrição, textualização e transcriação dos depoimentos cedidos pelos colaboradores do projeto.

O maior enfoque para do livro são os trabalhadores ferroviários, entretanto, assim como no documentário, também iremos abordar alguns aspectos relacionados a cultura e o presente na vila. Me recordo que numa das apresentações do documentário um espectador comentou sobre a questão da “nova identidade” presente na Vila de Paranapiacaba... pois, é uma questão que também tratamos no audiovisual. Escolhemos enquadrar também esta mudança na função da vila por se tratar de um documento dos dias de hoje, retratamos a situação da vila. Ontem na Vila Velha e na Vila Martim Smith - a parte baixa - moravam operadores da ferrovia e, agora, este patrimônio da humanidade abriga, em maioria, moradores empreendedores (artesões, cozinheiros, contadores de estórias, monitores ambientais, turísticos, vendedores, garis...) com enfoque na ascensão do turismo.

Em conversa o aluno bolsista da UFABC, integrante do projeto, Heitor Glauber fala um pouco sobre suas impressões deste ano no projeto Neblina Sobre Trilhos:

“Bom, como eu entrei agora, no momento de divulgação do projeto, vejo que ele está caminhando como foi planejado, as exibições, transcrições, os relatos, todos estão caminhando como o que havia sido me passado anteriormente.”



Sobre o documentário diz,

É sempre bom ouvir um pouco mais sobre um lugar que você tanto gosta (Paranapiacaba) e sobre os primórdios da categoria que seus pais, padrinhos e avôs pertencem ou pertenceram. Tanto eu quanto meu irmão não pretendemos seguir a profissão de ferroviário por “n” fatores, porém sabemos da importância que essa categoria teve para São Paulo e para o Brasil. O documentário nos mostra um pouco disso. Paranapiacaba antes de ser a vila dos ingleses é a vila dos ferroviários e o documentário mostra isso. / Para efeito de história o documentário poderia ser utilizado além das escolas no eixo Santos-Jundiaí. Acho que em outros lugares poderia também ser utilizado, pois,  ele consegue mostrar como foi estruturada a vila de Paranapiacaba, desse modo, em escala microespacial é possível demonstrar como se é iniciada uma sociedade.




Sobre o livro comenta,

“O livro é um método de completar o documentário. Infelizmente não há como colocar toda a informação que se quer num documentário e o livro seria uma alternativa para que se possa passar o que não foi adicionado ao documentário. O livro trará informações que não foram abordadas no documentário, porém são assuntos relevantes, de importância para o contexto histórico do assunto relacionado ao documentário.”


O Heitor está responsável também pela disponibilização dos relatórios e imagens das exibições no blog do projeto http://neblinasobretrilhos.blogspot.com.br/.

Agradeço a todos que ajudam (ou ajudaram) de alguma forma na construção e continuação deste projeto!


Soraia Oliveira Costa, graduada em Ciênciais Sociais pelo Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Trabalha com fotografia, audiovisual e oralidades desde meados de 2007, quando começou a analisar o cenário urbano, a natureza, o trabalho, as transformações sensíveis, os transportes, o comportamento, a cultura, a arte...Diretora do documentário "Transformação sensível, neblina sobre trilhos", sobre a vila de Paranapiacaba, feito com incentivo do MEC/SESu pela UFABC e pelo Centro Universitário Santo André.



2 comentários:

discutindo educação e história disse...

Oi Soaraia! Boa sorte para vcs neste novo trecho a ser percorrido por este belíssimo projeto.

27 de junho de 2012 às 11:32
Soraia O Costa disse...

Muito obrigada, André!

27 de junho de 2012 às 14:32

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